Um Rio Poluído e SP sem água espantam pesquisadora
Tem um rio passando na cidade e vocês estão sem água? A pesquisadora da Universidade Stanford, na Califórnia, Newsha Ajami, comentou a crise hídrica com espanto ao se dar conta que o problema não é falta de água, mas descaso do governo, ineficiência e falta de planejamento.
Comparando a situação de São Paulo com a da Califórnia, Newsha disse ter ficado surpresa ao chegar à capital paulista e ver o rio Tietê cheio. “Nós [na Califórnia], realmente não temos água, não está chovendo e os nossos rios estão secos.”
O projeto de despoluição do rio Tietê, que corta o estado de São Paulo, começou depois da Conferência Eco-92. São 22 anos com investimentos de mais de R$ 3,6 bilhões dos cofres públicos, mas o Tietê continua sendo um dos rios mais poluídos do país.
“É, sim, um problema nacional de seca, mas [no Estado] ele é exacerbado pela falta de gerenciamento e de soluções”, disse a pesquisadora à “Folha de S.Paulo.
O projeto de limpeza do Tâmisa começou a ser delineado em 1895. Os primeiros resultados do trabalho apareceriam apenas em 1930.
Entretanto, o crescimento da população fez com que a mancha de poluição subisse novamente o rio e o tornasse poluído na região londrina. Em 1950, o Tâmisa era considerado, outra vez, morto. A nova iniciativa do governo foi a construção das primeiras estações de trabalho de esgoto da cidade. Já na década de 70, os sinais iniciais de que os resultados estavam sendo alcançados apareceram.
Mesmo com os sinais de que a revitalização das águas do Tâmisa é garantida, a Thames Water, empresa de saneamento londrina, mantém um investimento cerrado no tratamento da água e no sistema de esgotos. O rio tornou-se um exemplo de sucesso no programa de despoluição das águas.O rio Reno é outro exemplo de sucesso , sendo considerado no passado como dos mais poluídos da Europa. Ele nasce na Suíça e deságua no Mar do Norte banhando, assim, vários países europeus. Com a alcunha de ‘’cloaca’’ da Europa, o rio tinha suas águas sujas e com mau cheiro. Um esforço de mais de 20 anos entre a iniciativa privada e os governos dos países banhados pelo Reno, como Alemanha, Suíça e França, possibilitou a recuperação de suas águas