Índios Tenharim Saem Da Prisão

Acusados de matar três homens ( Aldeney, Steff e Luciano) quando passavam na BR230 . Os indígenas Gilvan, Gilson, Domiceno, Valdinar e Simeão Tenharim, todos da mesma etnia homônima, acusados de assassinar três homens em Humaitá (a 592 quilômetros de Manaus) saíram da prisão, em Lábrea, neste domingo (15). Os indígenas, que estavam presos desde o dia 30 de janeiro do ano passado, estão agora sob a custódia da Fundação Nacional do Índio (Funai).
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As informações foram divulgadas pelo advogado das famílias das vítimas, Carlos Evaldo Terrinha de Souza, que afirmou que os índios foram levados para uma base da Frente Etno Ambiental da Funai, no município de Lábrea (a 701 quilômetros de Manaus). A base fica no interior da terra indígena Hi-Merimã, em local isolado, sem acesso por terra.
Terrinha acredita que haja risco de fuga dos acusados, que estavam presos na cadeia de Lábrea e foram transferidos com autorização do juiz Jéferson Galvão de Melo, da 2ª Vara de Humaitá, com base no Estatuto do Índio. O juiz entendeu que a cadeia de Lábrea não oferecia condições de segurança para os índios.
Relembre o caso
Ao todo seis indígenas são réus na ação criminal pelo sequestro, homicídio e ocultação de cadáver do professor Stef Pinheiro, do vendedor Luciano Freire e funcionário da Eletrobras Amazonas Energia Aldeney Salvador. Os três moradores da região desapareceram no dia 16 de dezembro de 2013, na rodovia Transamazônica, quando passavam pela terra indígena Tenharim-Marmelos, em Humaitá.
Os corpos foram encontrados 40 dias depois, enterrados próximo da aldeia. O crime gerou uma onda de revolta contra a população indígena. Bases e barcos da Funai foram incendiados no município. Os moradores também queimaram vários pontos de cobrança de pedágio usados pelos índios ao longo da rodovia Transamazônica.
O julgamento dos índios pode acontecer ainda este ano, mas o júri deve ser transferido para Manaus, em razão do clima tenso na região. Atualmente, cinco indígenas estão sob a custódia da Funai, o sexto suspeito aguarda julgamento em liberdade.
 
 
 
 
Fonte: EM TEMPO

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