Entre rixas e disputas familiares, príncipe Harry chega a Londres após diagnóstico de câncer do rei Charles

O príncipe Harry, filho mais novo do rei Charles III, chegou ao Reino Unido para visitar seu pai após o anúncio de que o monarca foi diagnosticado com câncer. Harry, que tem uma relação turbulenta com o restante da família real britânica, chegou na manhã desta terça-feira ao aeroporto de Heathrow após um voo noturno vindo de Los Angeles, onde mora com sua família, a duquesa de Sussex Meghan Markle e seus dois filhos, Archie e Lilibet, desde que abdicou de suas funções reais em 2020.

A última visita ao Reino Unido do duque de Sussex aconteceu em junho de 2023, quando ele compareceu ao Tribunal Superior em Londres para uma audiência contra parte da imprensa britânica, por suposta coleta ilegal de informações. A expectativa da imprensa britânica é de que a viagem de Harry para o Reino Unido seja o “sinal de uma trégua” nas rixas e disputas internas da família real.

“Chegou a hora de Harry voltar para casa?”, questionou o tabloide Daily Mirror que, como a maioria dos jornais do país, dedicou, nessa terça-feira, muitas páginas a uma possível reconciliação em tempos difíceis para a monarquia britânica.

Harry e sua esposa anunciaram em janeiro de 2020 que trabalhariam para se tornar “financeiramente independentes” e que deixariam a condição de “membros sêniores” da família real. Desde então, criticaram repetidamente a monarquia britânica. Os ataques se intensificaram no início de 2023, com a estreia de uma série na Netflix e a publicação de um livro de memórias do príncipe. Em sua polêmica autobiografia, Harry revelou detalhes sórdidos da família real, e acusou o irmão William, primeiro na linha de sucessão ao trono, de tê-lo agredido fisicamente durante uma discussão sobre Meghan.

Com a doença, Charles adiou compromissos e aparições públicas e William deverá assumir algumas das funções. A última vez que os príncipes apareceram juntos foi em setembro de 2022, com suas esposas, após a morte da rainha Elizabeth II.

Entenda o problema

Apesar do diagnóstico, Charles está “totalmente otimista” com os resultados, segundo o palácio. Nesta terça, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse que doença do rei Charles III, de 75 anos, foi diagnosticada precocemente.

“Felizmente, foi detectado precocemente e agora todos querem que ele receba o tratamento de que necessita e se recupere totalmente”, disse ele.

No fim de janeiro, Charles deu entrada em um hospital de luxo de Londres, no Reino Unido, para fazer uma cirurgia por um quadro de próstata aumentada — comum entre homens a partir dos 60 anos. A necessidade do procedimento e o decorrente adiamento de compromissos do monarca foram revelados pela Corte britânica.

O rei sofre com o aumento da próstata, também conhecido como hiperplasia prostática benigna, ou HBP, que é uma condição não cancerosa que ocorre com frequência entre homens mais velhos. Aos 60 anos, mais da metade dos homens apresentam pelo menos sintomas leves de HBP, que incluem dificuldade para urinar e sensação de urgência para urinar. Mas muitas vezes os sintomas não são graves o suficiente para exigir tratamento.

A condição é análoga à menopausa nas mulheres, disse o urologista Peter Albertsen, especialista em próstata da Universidade de Connecticut. A menopausa geralmente começa por volta dos 50 anos, quando os níveis de testosterona e estrogênio começam a mudar. A mesma coisa acontece com os homens, disse Albertsen, na mesma idade.

Por Redação

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