Um Bar

De Isaura Ardenghi Reichmann

Um bar
O copo na mão
É uma visão
Apenas encostado na ficção
Da cachaça ou  cerveja
Vir ser a solução
Controlado pela imaginação
Criativa de rolar os problemas
No copo de cachaça ou de cerveja
O cotidiano mudar
Lenitivo encontrar
Para o pranto desatar
Ao mundo rir ou chorar
Gritar em desabafo
No fundo esconder
A verdade de ser
Apenas um ser
Mãos tremulas
Falar gritante
Importuno se torna
O dinheiro não controla
De copo em copo
De garrafa em garrafa
O limite não existe
O bar antes alegre
Se torna triste
O garçom antes solicito, se afasta
No seu braço, alguém toca
Empurrando-o porta à  fora
A sarjeta é a cama
A lama torna-se a fama
A solução não veio
Alheio o tempo passa
A lucides retorna
Se olha
Na camisa, na calça
Ontem tão bem passadas
Estão hoje
Amarrotadas, rasgadas
O sapato, longe jogado
Os pés descalços
Saiu de casa arrumado
Bem cuidado
Encolhido, sozinho tem de regressar
Diante dele
A sarjeta, a lama
Realidade no sentir
Que a busca, foi infeliz
Não  encontrou solução
Só decepção
Conscientizar-se é difícil
Que a vida
Pode-se reconstruir
O caminho é lindo, suave
Rumo à casa de Deus Pai
Se em Jesus Cristo
confiar
Encontrará a verdade do existir.

Barrancas Seu Portal de Notícias

Mostrar Mais