População de Israel pressiona o governo a negociar um novo acordo com o Hamas para a libertação de reféns

Populares voltaram às ruas de Tel Aviv, capital de Israel, para pedir a libertação imediata dos sequestrados na guerra contra o Hamas.

As manifestações, realizadas na noite desta sexta-feira (15), foram desencadeadas após o Exército de Israel informar que suas tropas mataram por engano três reféns israelenses que estavam em poder do grupo palestino.

Yotam Haim, Samer Talalka e Alon Shamriz conseguiram fugir dos terroristas e tentavam chegar a Israel . Os três carregavam uma bandeira branca quando foram mortos, segundo investigações iniciais.

Com cartazes pedindo “traga-os para casa agora” e “exigimos um acordo”, os centenas de manifestantes se reuniram em frente à base militar de Tel Aviv e, depois, marchou pelas ruas da cidade.

O grupo pede a libertação de 129 reféns, vivos ou mortos, ainda em poder do grupo terrorista no enclave palestino. No final de novembro, um acordo de trégua intermediado pelo Catar levou a uma pausa de uma semana nos combates, à libertação de cerca de 100 reféns mantidos pelo Hamas e de 240 prisioneiros palestinos detidos em Israel.

Segundo levantamento da agência AFP, 110 reféns supostamente vivos, oito corpos de reféns que morreram em Gaza e 11 corpos de pessoas mortas no ataque de 7 de outubro e levadas para o enclave ainda estariam na Faixa de Gaza.

Dos 110 reféns supostamente vivos, 100 são israelenses ou pessoas com dupla nacionalidade israelense, e 10 são reféns estrangeiros (oito tailandeses, um nepalês e o franco-mexicano Orion Hernandez Radoux).

No entanto, não há certeza de que todos eles ainda estejam vivos. O Hamas anunciou a morte do refém mais jovem, o bebê Kfir, que completaria 11 meses neste sábado, de seu irmão Ariel, 4 anos, e da mãe das crianças, Shiri Bibas, de 32 anos. Mas Israel não confirmou essas mortes.

Nem todas as mulheres foram libertadas. Incluindo Shiri Bibas, cujo destino permanece incerto, 16 mulheres supostamente vivas ainda estão sequestradas em Gaza. Judith Weinstein Haggai, de 70 anos, é a mais velha.

Cinco mulheres, com 18 ou 19 anos, são soldados. Por isso, elas não estavam cobertas pelo acordo de libertação de reféns. Havia também nove soldados do sexo masculino com idades entre 18 e 22 anos. A maioria estava prestando serviço militar e não era soldado de carreira. O Hamas e seus aliados também estão mantendo os corpos de quatro soldados que morreram em 7 de outubro e cujos restos mortais foram levados para Gaza.

Incluindo os soldados, 92 homens adultos supostamente vivos ainda são reféns. Sete idosos com mais de 70 anos ainda estão sequestrados. Entre os reféns ainda detidos, pelo menos 32 foram sequestrados no festival Supernova, que contou com a presença de mais de 3.000 pessoas. Há também três corpos. Apenas cinco espectadores do evento foram libertados durante a trégua. Além dos reféns, quatro israelenses e um eritreu ainda são considerados desaparecidos pelas autoridades. Essas cinco pessoas são reféns dos grupos armados palestinos ou mortos, cujos corpos não foram identificados.

Por Redação

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