Pai da família brasileira ferida em bombardeio no Líbano pede ajuda do Brasil para resgate

A família da mulher e das duas crianças brasileiras feridas nesse sábado (1°) após bombardeio na cidade de Saddike, no Sul do Líbano, pede ajuda do governo brasileiro para realizar o resgate deles.

O pai da família, Ahmad Aidibi, está hospedado na casa de um primo em Itapevi, na Grande São Paulo, há algumas semanas. Mesmo sem falar português, ele tenta oportunidades de trabalho no Brasil para melhorar a condição de vida dos filhos e da esposa.

O primo de Ahmad, Hussein Ezzddein, contou que seu parente está em estado de choque desde que recebeu a notícia do ataque e pede socorro às autoridades brasileiras. “Ele fica chorando igual uma criança”, relata.

Segundo a Agência Nacional de Informação do Líbano, o ataque teria vindo de Israel, porém o Itamaraty não confirma. A Embaixada Israelense não respondeu ao contato até a última atualização deste texto.

Há 15 anos, Ahmad é casado com Fatima Boustani, de 30 anos. O casal tem quatro filhos de 12, 10, 9 e 7 anos. Eles moram na cidade de Saddike, a cerca de 100 quilômetros de Beirute.

Na tarde desse sábado, a casa deles foi destruída pelo bombardeio. No momento do ataque aéreo, somente Fatima, a filha de 10 anos e o filho de 9 estavam no lugar. As outras crianças tinham saído para a casa dos avós.

Estado de saúde

De acordo com o primo da família, Fatima está em estado grave e entubada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Libanês Italiano, em Tiro, no sul do país.

A menina já passou por duas cirurgias na perna e também está internada na UTI. O menino sofreu ferimentos leves na cabeça, mão e perna. Por enquanto, não há previsão de alta. “O pai deles estava com planejamento para vir para o Brasil. Estava tentando melhor a situação”, conta Hussein.

Nascida no Líbano, Fatima morou alguns anos no Brasil e também possui família aqui. Ela e os filhos conseguiram a nacionalidade brasileira há poucos meses.

Nos últimos cinco anos, a família Aidibi realizou pelo menos quatro viagens a São Paulo, com estadias de seis meses. As crianças inclusive chegaram a frequentar a escola. A meta deles era se mudar de país.

O governo federal informou em nota que “a embaixada do Brasil em Beirute acompanha a situação e está em contato com os familiares dos três brasileiros feridos. Eles seguem recebendo atendimento médico”. As informações são do G1.

Por Redação

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