Será que vem aí a 2ª fase da Operação Maus Caminhos
A operação “ Maus Caminhos” deflagrada ontem pela Polícia Federal em Manaus não teve a mesma pompa da Albatroz, há 12 anos e 40 dias, mas o alvo, como aquela, foi o falido sistema de saúde do Estado. Na Albatroz, em 8 de agosto de 2004, foram presos cinco secretários de governo e outros funcionários do alto escalão, acusados de desviar R$ 500 milhões dos cofres da saúde no Amazonas.
Na operação de ontem, 13 pessoas presas, nenhum servidor do Estado, mas na entrevista coletiva no final da manhã, uma senha, com a sutileza de sempre dos federais:”a organização criminosa agia com o conluio de agentes públicos”. Se não foram presos, é porque uma segunda fase da ‘Maus Caminhos’ deve estar sendo preparada, agora com provas que a policia pretende conseguir a partir de delações dos acusados.
Em 27 de agosto de 2004 (Albatroz), o governador era Eduardo Braga, que se antecipava ao agravamento de crises intestinas em seu governo. Durante coletiva foi duro com a imprensa: “por favor, não confundam o governo do Estado com quadrilheiros, aqui não tem quadrilheiro, tem pessoas de bem, comprometidas com a Constituição e com a verdade“. Mas dois de seus secretários foram indiciados por formação de quadrilha. (RH)
INFLUÊNCIA DA PF NAS ELEIÇÕES
A Albatroz marcou de forma profunda o processo eleitoral em 2004, quando a Polícia Federal indiciou em 24 de agosto daquele ano o candidato a vice-prefeito na chapa de Amazonino Mendes, Bosco Saraiva. O resultado é que Amazonino perdeu a eleição para Serafim Corrêa (PSB). Serafim venceu o segundo turno com 51,68% dos votos válidos, ficando à frente de Amazonino Mendes (PFL), que recebeu 48,32 %.
Se a operação de ontem terá impacto no processo eleitoral deste ano, depende de seu desdobramento ou não, e das possíveis ou prováveis delações dos acusados. Mas a senha foi dada. Vem aí uma segunda fase. Se aparecerem nomes envolvidos na disputa eleitoral, o impacto pode ser devastador. (RH)
SILAS PERDE RECURSO NO TRE
O deputado federal Silas Câmara tentou, mas não conseguiu calar a revista Veja que o denunciou por uso indevido do dinheiro público em pré-campanha política.
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A juíza Lídia Frota, do TRE-AM, negou provimento a ação de Silas que exigia a retirada da mídia eletrônica da notícia veiculada pelo site online de Veja mostrando viagens do parlamentar ao interior em aeronaves pagas com recursos da Câmara dos Deputados.
Fonte: portaldoholanda
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