Indígena é nomeada juíza da Suprema Corte do Canadá

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, nomeou a juíza indígena Michelle O’Bonsawin para integrar o Supremo Tribunal. A escolha, inédita na história do país, ocorre em meio a um processo de reconciliação entre os canadenses e seus povos originários.

Membro da Primeira Nação Odanak, em Quebec, a juíza fazia parte do Tribunal Superior de Justiça de Ontário desde 2017. Em sua carta de apresentação de candidatura, ela declarou que, “como uma mulher indígena que cresceu no norte de Ontário, percebi a necessidade de pessoas dedicadas a impostarem sua voz para representar aqueles que não podem falar por si mesmos”.

No Twitter, o ministro da Justiça, David Lametti, afirmou que se tratava de “um momento histórico para a (Suprema Corte do Canadá) e para todo o Canadá”, no Twitter.

A decisão ocorre no momento em que o Canadá procura abordar a representação de povos indígenas em suas prisões. Os adultos indígenas representam 5% da população geral do país, mas 30% de sua população encarcerada federalmente.

No ano passado, Mahmud Jamal se tornou o primeiro membro não branco a ser nomeado para o Tribunal Superior.

A Suprema Corte do Canadá tem nove juízes, incluindo um chefe de justiça, e os membros podem atuar até a idade de 75 anos. Um conselho consultivo apartidário recomenda candidatos, mas os juízes são nomeados pelo governo.

Por Redação

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