Filho tenta inocentar pai condenado por erro médico, 75 anos depois

Em 1940, Francisco Kertesz cometeu suicídio antes de ser preso. Filho quer provar que pai foi acusado injustamente
No dia 27 de agosto de 1940, às 7h30min, Jorge Kertesz recebeu do pai uma ordem intrigante. O médico Francisco Kertesz disse ao menino de sete anos que ele deveria sair a passear com a irmã. O Barril, como os moradores chamavam a vila de Frederico Westphalen, era então uma localidade acanhada, com duas dezenas de casas na área central. Onde poderia uma criança ir àquela hora da manhã?
Jorge apanhou a caçula, Izabella, de cinco anos, e começou a vagar. Seguiu primeiro até a parte alta, onde ficava o escritório da comissão de terras do governo gaúcho. Depois de zanzar um pouco por ali, voltou à planície. Havia passado meia hora, talvez. Perto do hospital, um ferreiro, amigo da família, aproximou-se:
Jorge, corre para casa, que teu pai morreu.
O menino não sabia, mas poucos minutos antes de ser mandado para a rua pelo pai, o delegado de polícia estivera na casa para prender Francisco Kertesz e encaminhá-lo à Casa de Correção de Porto Alegre. O médico pedira um par de horas para organizar algumas roupas e passar instruções aos colegas do hospital. Depois de se livrar do delegado e de afastar os filhos da residência, tirou a própria vida com um tiro. Tinha 36 anos.
No mês passado, quase 75 anos depois do episódio, Jorge apresentou ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul uma ação invulgar. Ele pleiteia uma revisão criminal do processo que fez Francisco Kertesz ser condenado à prisão, em 1940. Quer que os desembargadores reconheçam que o médico foi vítima de um erro judicial. Almeja limpar o nome do pai.
— Nos últimos tempos, percebi que nunca fiz nada por meu pai. Era um assunto em que eu não gostava de tocar. Eu me sentia muito incomodado. Era complexado. Ele acreditou na Justiça, e a Justiça falhou. Suicidou-se porque se sentiu desonrado. O que me move, em forma de homenagem póstuma, é restituir a honra dele — afirma Jorge, hoje com 82 anos.
Em seu apartamento em Porto Alegre, o servidor aposentado da Receita Federal Jorge Kertesz conserva documentos, fotos e recortes de jornal que reconstituem a trajetória do pai. De nacionalidade húngara, Francisco teve de enfrentar o funil de uma lei que limitava a 2% as vagas para judeus nos cursos superiores de seu país. Venceu esse obstáculo e formou-se médico em Budapeste. Emigrou para o Brasil em 1929, a convite do compatriota Viktor Fischer, que tinha uma clínica em Santana do Livramento. Um anúncio do estabelecimento, publicado em um jornal da época, apresenta o Dr. Kertesz como “médico operador, especialista em doenças internas, especialmente das dos pulmões e coração” e informa que o profissional oferecia “tratamento da tuberculose com vacina específica” e “tratamento moderno da sífilis”.
As dificuldades começaram para ele em 1932, com um decreto que impedia médicos estrangeiros de atuar sem diploma validado no país. Durante anos, Francisco viveu sob tensão. Estava sob ameaça de não poder trabalhar no Brasil e também não podia voltar à Europa, onde a ascensão do nazismo colocava os judeus em risco – um irmão mais moço havia sido preso e submetido a trabalhos forçados, morrendo aos 26 anos. “Casei com uma senhora brasileira e tenho dois filhos brasileiros (…) Não tenho nada de terras, nem dinheiro no banco. Voltar à Hungria significaria a miséria. (…) Caso o governo me proíba de continuar na minha clínica, está nas beiras de um desastre uma família brasileira”, descreveu o médico, então no interior de Bento Gonçalves, em uma carta ao sindicato da categoria.
A situação se resolveu apenas em 1939, depois de uma longa disputa judicial. Francisco recebeu convite para trabalhar em Frederico Westphalen, na época pertencente a Palmeira das Missões. Com cerca de 500 moradores, quase todos de origem italiana, o lugar estava em crescimento e carecia de um médico. O profissional húngaro mudou-se para lá.
O período de tranquilidade durou pouco. Em 7 de janeiro de 1940, Francisco diagnosticou uma apendicite aguda em um menina de oito anos, Diva Bizello. No acanhado hospital local, operou a garota. No dia 12, ela morreu. Uma semana depois, o corpo foi exumado. O perito concluiu que Diva havia morrido em decorrência de uma lesão na bexiga, provocada durante a operação. Francisco foi acusado de imperícia médica.
– Eu não sabia de nada disso, até que um dia, eu era guri de colégio, mas não desses metidos a garnizé, alguém disse: “Teu pai matou a fulana!” Perdi as estribeiras, não sei se bati ou se apanhei. O pai não era de falar desse caso – relata Jorge.
Em julho de 1940, veio a decisão judicial. Francisco Kertesz foi condenado a dois meses de prisão.

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A carta de Francisco foi escrita em húngaro e alemão

Em uma caixa, Jorge conserva uma carta escrita pelo médico dias antes do suicídio, com versões em húngaro e alemão. Nela, ele se despede dos pais, que viviam na Hungria, dizendo que seu nome havia sido manchado. A carta não chegou a ser enviada.
O cortejo fúnebre de Francisco Kertesz reuniu uma multidão na principal rua de Frederico Westphalen. Uma semana depois, Hedwig, sua mulher, foi embora. Resolveu afastar os filhos do ambiente da tragédia e recomeçar a vida em Porto Alegre, na casa de uma irmã. Jorge conta que o dinheiro ganho pelo pai escoara nas despesas com o processo judicial. Vieram anos difíceis, de aperto financeiro.
Ele estudou, fez carreira, casou, teve três filhos. Pensava na tragédia familiar, mas preferia não tocar no assunto. Sua filha, Patrícia, uma dentista de 45 anos, conta que soube do avô apenas quando já era adulta, por intermédio da mãe.
– Minha mãe falou que meu pai só teve coragem de contar para ela quando eles já estavam casados. Ele chorou muito. Ela disse que nunca mais viu meu pai chorar daquele jeito – relata Patrícia.
Em 1990, Jorge foi a Palmeira das Missões, localizou o processo judicial de 1940 e fez uma cópia. Procurou o antigo advogado do pai para entender o que havia acontecido e descobrir se era possível tomar alguma providência. Quando tocou no assunto em casa, sua mãe e sua irmã dissuadiram-no.
– Nenhum desembargador vai perder tempo com isso – disse-lhe Izabella.
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Jorge Kertesz observa o álbum da família, que aparece reunida

Em 2005, Jorge perdeu a mãe. Em 2007, a irmã. Em 2010, a mulher. Sozinho, viu seus pensamentos voltarem-se de forma quase obsessiva para o pai.
– Foi uma coisa sempre muito marcante para mim. A minha infância foi com o pai e sem o pai. Depois que perdi a mãe, a irmã e a mulher, pensei: E o pai? Não fiz nada pelo meu pai. Nem sei bem o que aconteceu. Eu lia o processo. Como é que o condenaram? Eu ficava com sérias dúvidas. Chegou um momento em que disse: vou ter de procurar auxílio, porque a coisa está acima do que devia ser – conta Jorge.
Emoção e entusiamo movem a nova defesa
Em novembro passado, ele procurou o advogado Rubens Ardenghi, ex-médico em Palmeira das Missões. Ardenghi revela que estava com muito trabalho e que fixou um preço alto para receber Jorge, na tentativa de fazê-lo desistir. Mas o aposentado aceitou assim mesmo. O advogado de 70 anos, ex-deputado estadual e federal, entusiasmou-se com o caso. Os envolvidos – promotor, advogado, delegado, juízes, testemunhas – eram figuras de sua infância. Ardenghi conversou com colegas, consultou um
ex-desembargador e propôs a Jorge uma ação de revisão criminal, prevista no artigo 621 do Código de Processo Penal e possível quando surgem fatos novos em um caso já julgado.
– Logo vi que estava diante de um erro judicial gravíssimo, que custou a vida do maior médico que talvez já aportou aqui. Quando digo isso ao doutor Jorge, ele começa a chorar. Veja o sentimento de um homem que já está mais para lá do que para cá, cujo pai faleceu há 75 anos. Confesso que também me emocionei – comenta Ardenghi.
No começo de março, a ação foi acolhida pelo segundo grupo criminal do Tribunal de Justiça, tendo como relator o desembargador Ivan Leomar Bruxel. No momento, aguarda parecer do Ministério Público. O fato novo que embasa o pedido de revisão são laudos de dois peritos médicos que inocentam Francisco Kertesz.
Uma menina morta e um rival
Ardenghi também resgata personagens e eventos da época para reforçar a ideia de que o médico foi vítima de uma injustiça. Com base em depoimentos presentes no processo original, sustenta que um rival de Kertesz, Francisco Virano, teria sido o responsável por incitar os pais da menina morta, Luiz e Regina Bizello. Recupera ainda a então recente batalha judicial que envolvera os médicos estrangeiros – e que poderia ter colaborado para colocar profissionais locais contra o húngaro. Com a 2º Guerra Mundial em andamento, o advogado argumenta ainda que Francisco vivia em um contexto mundial marcado pelo antissemitismo.
Outra providência tomada por Ardenghi foi enviar uma advogada a Santa Maria para recuperar uma história que ainda é lembrada pelas pessoas mais velhas em Frederico Westphalen. Pelo que se conta, havia um repórter de um jornal santa-mariense passando férias em Iraí, localidade vizinha, no começo de 1940. Acionado, esse jornalista seria o responsável por uma série de reportagens denunciando Kertesz por imperícia médica – a mãe de Jorge guardou os recortes por um tempo, mas rasgou-os em um acesso de raiva.
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O advogado Ardenghi lançou mão de novos laudos para pedir ação de revisão

Em Santa Maria, a advogada enviada por Ardenghi localizou as matérias. Uma delas, de 18 de fevereiro de 1940, informa que “alguns moradores da vila de Barril, com o vigário da paróquia à frente, telegrafaram à chefia de polícia contra a campanha movida pelo periódico contra o ilustre médico Francisco Kertesz”. O redator prossegue afirmando que o jornal “sancionou, por verdadeiras, as atividades da polícia” e que o protesto dos moradores não tinha importância, apenas revelando
“as iras de todos os ignorantes”.
Passados 75 anos desse enredo, Jorge ainda mantém lembranças nítidas do pai, mesmo tendo o perdido aos sete anos.
– Esse jornalista, cujo nome não é mencionado, transformou o caso em um escândalo e criou um clima de comoção na sociedade. Isso tudo no bojo da
2ª Guerra Mundial, com o mundo em chamas, envolvendo um judeu fugido do antissemitismo – justifica Ardenghi.
– Eu acho que convivi muito com meu pai. Eu poderia dizer o dia a dia dele. Levantava de manhã, fazia sua ginástica, tomava banho, tomava café e às 7h30min já estava no hospital. De manhã, ele fazia cirurgia. Normalmente, vinha para almoçar e descansar um pouco. À tarde, eram as consultas, às vezes atendia chamados. À noite, quando chegava em casa, ligava o rádio para ouvir as notícias da guerra, porque ele tinha os parentes lá, tinha tios que eram rabinos, sabia que estavam sendo perseguidos.
Jorge acredita que o pai foi “caridoso” ao mandar-lhe sair de casa, no dia em que se matou, e enxerga o suicídio no contexto da pressão que ele sofria praticamente desde a chegada ao Brasil:
– Toda a classe médica estrangeira teve um estresse mental, foram subjugados juridicamente. A pressão psicológica sobre os médicos estrangeiros foi muito forte. Durante o processo, os médicos de Iraí se voltaram claramente contra o médico estrangeiro.

“Honra não tem data, não tem vencimento”

A dentista Patrícia, filha de Jorge, mandou emoldurar o diploma de Francisco, escrito em latim, e pendurou-o em seu consultório. Tem orgulho do avô, médico conceituado e culto, que falava 10 idiomas. Mas ficou surpresa quando, meses atrás, Jorge veio contar que havia procurado um advogado para encaminhar o pedido de revisão criminal. Foi a primeira vez que viu o pai derramar lágrimas.
– Quando ele me chamou para contar que tinha contratado um advogado, fiquei quieta. Pensei: “Meu Deus do céu, para que abrir uma história que já está sepultada há tanto tempo?”. Mas a ferida no meu pai estava aberta. Acho que isso marcou toda a trajetória dele, traumatizou-o. Guardou isso dentro dele como uma mágoa. Todos os envolvidos já morreram. Não é uma vingança. Mas ele precisa disso. No momento em que tudo estiver esclarecido, meu pai vai morrer feliz.
Jorge diz estar confiante de que o tribunal acolherá os novos argumentos e absolverá
Francisco Kertesz. Não aceita nenhum tipo de indenização. Quer apenas poder falar abertamente no pai, algo que sempre evitou, por medo de ouvir alguma acusação:
– Eu senti que alguma coisa eu tinha de fazer. É verdade, faz muito tempo. Mas honra não tem data, não tem vencimento. Algum dia, tem de ser recuperada.
Erro judicial, não médico
A peça central para a condenação de Francisco Kertesz foi um auto de exumação e necropsia feito oito dias depois da morte de Diva Bizello e assinado pelo perito Carlos Carone. Esse médico prolongou a incisão realizada na cirurgia, encontrou uma perfuração na bexiga e afirmou que essa seria a causa da morte da menina. Kertesz, no entendimento dos juízes, teria sido o causador da lesão.
Dois novos laudos são a base da ação que pede o reconhecimento de que a Justiça errou no caso. A pedido de Ardenghi, os médicos legistas Vitor Hugo Rangel,
ex-diretor do Instituto Médico Legal, e Amilcar Baruc Rizzo Correa, que fez carreira no mesmo órgão, mergulharam nos documentos e produziram relatórios anexados à ação de revisão. Ambos afirmam que Kertesz foi vítima de erro judicial.
Segundo eles, a necropsia não seguiu procedimentos básicos, como a abertura do abdômen, do tórax e do crânio e o exame de dados médicos anteriores. Rangel registra que a perícia foi “simplista, de qualidade técnica abaixo da média, incompleta e com uma conclusão totalmente inadequada, uma vez que não procurou conhecer a verdadeira causa da morte”. Conforme o profissional, não há elementos para afirmar que a lesão na bexiga tenha sido provocada por Kertesz – ele especula que a origem possa ser um coice de cavalo sofrido pela paciente dias antes, não informado ao médico. Rangel também sustenta que a perfuração na bexiga não teria potencial para causar a morte.
Correa, autor do outro laudo incluído na ação, afirma que a apendicite de Diva Bizello representava, em 1940, um grande risco, com alta incidência de mortes. Na época, ainda não havia acesso a antibióticos.
– A única chance de a menina sobreviver era a cirurgia. Mesmo com a retirada do órgão afetado pela infecção, a bactéria continua circulando no organismo. Ocorreu uma infecção generalizada. Há uma diferença entre erro médico e complicação cirúrgica – afirma Correa, que revela ter perdido uma paciente em situação similar, mesmo após usar antibióticos.
Frederico Westphalen deixou de ser chamada de Barril, tornou-se município e viu sua população multiplicar-se dezenas de vezes, mas a história de Francisco Kertesz ainda é lembrada em detalhes por moradores mais antigos. Na cidade, o médico húngaro costuma ser referido com palavras de admiração.
– Esse episódio foi marcante na história de Frederico. Embora tenham se passado 75 anos, as pessoas lembram. Todo mundo com quem falei cita o grande caráter desse médico. Não tem dúvida de que ele foi injustiçado – diz o historiador Wilson Ferigollo, 76 anos, autor de cinco livros sobre o passado da região.
Segundo Ferigollo, o caso teria ganho repercussão depois das matérias publicadas no jornal de Santa Maria. A versão que ele recolheu confirma que havia um repórter do jornal passando o Carnaval em Iraí pouco depois da morte de Diva Bizello.
– Essa é a versão que as pessoas que estavam vivas contam. Uma vizinha que não gostava do doutor Kertesz era amiga desse repórter, que veio para cá e envenenou um pouco a história. Isso gerou uma pressão muito grande – diz.
Uma das pessoas que estavam vivas na época é a mãe de Ferigollo, Clodomira, 96 anos. Na semana passada, o historiador conversou mais uma vez com ela em busca de informações sobre o episódio.
– Quando fui comentar sobre o médico, minha mãe disse: “Meu filho, fazia pouco que eu estava aqui, mas todo mundo gostava dele” – revela Ferigollo.
Outro morador de Frederico Westphalen, Frederico Bortoluzzi tinha 12 anos em 1940 e morava a menos de cem metros da casa de Kertesz. Também era vizinho de Diva Bizello, a quem lembra como “uma gracinha de menina”, de quem “todo mundo gostava”.
– Ela foi operada de uma apendicite aguda. O doutor era um baita de um médico, mas não tinha recurso nenhum. O hospital não era hospital, era uma casinha com uns quartos, para deixar alguém que precisava. Ele era um ídolo aqui. Se fosse hoje, seria um dos melhores do Rio Grande. Além de bom médico, era humanitário. Atendia e atendia bem. Quem tinha dinheiro, tinha. Quem não tinha, não precisava pagar.
Depois do processo e da morte do profissional, conta Bortoluzzi, a população ficou revoltada. Por causa disso, a mãe de Diva, Regina Bizello, teria se sentido forçada a sair da outra cidade. Mas voltava todo dia de Finados, para visitar a cova da menina. Pedia ao pai de Bortoluzzi, zelador do cemitério, que cuidasse bem da sepultura.
Chimarrão e conversas com o monsenhor
Ao final de cada dia, o menino de 12 anos costumava ver Francisco Kertesz dirigir-se à casa do padre Vitor Batistella, uma das figuras mais eminentes da história local. Os dois eram grandes amigos. Segundo Bortoluzzi, quando o médico matou-se, o religioso fez questão de rezar discretamente uma missa em homenagem a ele, apesar de não se tratar de um católico – na versão do aposentado, Kertesz seria protestante.
– Ele e o monsenhor sempre tomavam chimarrão juntos. Eram as únicas pessoas cultas daqui – revela.
Batistella, que depôs a favor de Kertesz no processo judicial, escreveu sobre o amigo em sua obra Painéis do Passado. No texto, elogia a personalidade, a cultura e a excelência como médico e cirurgião. Também se mostra impressionado com o “latim castiço de fazer inveja a qualquer professor” demonstrado pelo húngaro. No final, reafirma sua inocência: “Acusado injustamente de imperícia médica num caso mal sucedido de intervenção cirúrgica, por uma mulher e um desalmado jornalista de Santa Maria que se achava de veraneio em Iraí e levantou enorme celeuma na imprensa, o ilustre médico, homem de brio e de honra, vendo seu nome levado ao pelourinho, sucumbiu a um momento de fraqueza e suicidou-se em seu quarto de dormir com um tiro de revólver na cabeça. Sua morte causou geral consternação e pesar”.
 
 
 
Fonte:  zh.clicrbs/    Fotos: Mateus Bruxel / Agencia RBS

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