Espanha, Irlanda e Noruega reconhecem o Estado da Palestina

Noruega, Espanha e Irlanda anunciaram nesta quarta-feira (22) o reconhecimento de um Estado Palestino independente. A decisão conjunta, que será formalizada na terça-feira (28), foi tomada depois de a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) ter aprovado uma resolução que abre caminho para o reconhecimento da Palestina como Estado-membro da entidade.

Desde o início dos bombardeios de Israel na Faixa de Gaza, em resposta aos ataques terroristas do Hamas de 7 de outubro de 2023, os governos da Espanha e da Irlanda têm feito oposição ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A ofensiva já deixou mais de 35 mil mortos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. Na incursão terrorista em Israel, o Hamas matou mais de 1,2 mil pessoas e fez centenas de reféns.

O premiê irlandês, Simon Harris, disse esperar que outros países façam o mesmo nas próximas semanas. “Hoje, a Irlanda, a Noruega e a Espanha anunciam que reconhecemos o Estado da Palestina”, afirmou Harris em uma coletiva de imprensa. “Antes do anúncio, falei com vários outros líderes e estou confiante de que mais países se juntarão a nós para dar esse importante passo nas próximas semanas”, acrescentou.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, criticou o premiê israelense: “Pedimos um cessar-fogo. Mas não é suficiente. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se faz de surdo e continua castigando a população palestina”.

“Lutar contra o grupo terrorista Hamas é legítimo e necessário, mas Netanyahu está gerando tanta dor e tanta destruição e tanto ressentimento em Gaza e no resto da Palestina, que a solução de dois Estados está em perigo”, afirmou Sánchez.

Reação israelense

O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse nesta quarta que ordenou a saída imediata de seus embaixadores da Irlanda, Noruega e Espanha em resposta à postura dos três países em relação ao reconhecimento de um Estado Palestino.

Os embaixadores dessas nações em Tel Aviv também foram convocados para comparecer ao Ministério das Relações Exteriores de Israel. O ministro da pasta, Israel Katz, afirmou que a decisão de reconhecer um Estado Palestino “minou o direito de Israel à autodefesa e os esforços para devolver os 128 reféns detidos pelo Hamas em Gaza”.

Por Redação

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