Brasileiro que assediou repórter do iG pode ser exonerado e já foi réu por fraude

Em Moscou à trabalho pelo iG Esporte, Barbara Gerneza entrou para a estatística das mulheres russas que sofreram assédio por brasileiros. Enquanto fazia cobertura para o portal, a repórter foi surpreendida por um grupo de 14 homens que cantaram música com letra ofensiva. Além disso, um dos presentes, identificado como Fred Miranda, ainda tentou beijá-la.

Dos 14 homens que cantaram o funk à repórter , um deles ainda foi reconhecido pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) como um de seus assessores de comunicação. De férias na Rússia para assistir à Copa do Mundo, Sandy Assis Andrade agora corre o risco de perder o seu emprego. Em nota oficial, a entidade afirmou reprimir qualquer tipo de “discriminação e desrespeito”.
“Confirmamos a identidade do empregado público Sandy Assis de Andrade, agente mecanógrafo deste Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). O Cofen esclarece que abomina e repudia qualquer tipo de discriminação e desrespeito. Quanto ao envolvimento do servidor, informamos que o mesmo encontra-se de férias. Providências cabíveis serão adotadas para apuração da conduta”, afirmou a entidade.
Sandy Andrade já chegou a ser condenado pelo TCU no ano de 2010. Na ocasião, era chefe do departamento de informática do Cofen e passou por uma contratação fraudulenta. O departamento contratou uma empresa de propriedade de uma mulher, que, segundo a denúncia, era esposa de Sandy.
Apesar de ter negado ser casado com a mulher identificada como Waleska Viana Bezerra, os auditores do TCU descobriram que ela e Sandy residiam no mesmo endereço e assim, o homem ofendia o princípio do serviço público de “impessoalidade e moralidade”, tendo sido condenado e multado em R$ 10 mil.
Em entrevista ao Fantástico , da Rede Globo, Fred Miranda, envolvido no episódio do beijo, se defendeu. “Colocar uma conotação de assédio sexual para 20 pais de família que estão aqui na Rússia, curtindo… Ninguém assediou ninguém. Nós não tocamos ninguém. Cadê ela na imagem? Por quê ela não se mostra na imagem?”, disse.


Barbara, ou Varvara, como é chamada na Rússia, entende e fala bem português, mas não é fluente. Antes da Copa do Mundo , ela passou cinco meses em São Paulo, onde se aperfeiçoou na língua portuguesa. Mesmo assim, não entendeu muito bem o que estava acontecendo na hora, mesmo conhecendo a cultura brasileira e já tido contato com o povo daqui. “Essa situação não deveria acontecer com ninguém”, opina a repórter .
Fonte:iG 
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