A casa do governador do AM Wilson Lima, é alvo de operação da PF
PF INVESTIGA DESVIO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA AÇÕES DE ENFRENTAMENTO AO COVID-19 NO AMAZONAS.
Operação Sangria que começou em 2020, apura fraudes e superfaturamento em contrato para instalação do hospital
de campanha envolvendo empresários e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde
do Estado do Amazonas.
MANAUS/AM – A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (02), a quarta fase da
Operação Sangria, por meio da qual são investigados fatos relacionados a possíveis práticas
de crimes, como pertencimento a organização criminosa, fraude a licitação e desvio de recursos
públicos.
A ação da Polícia Federal visa a cumprir 25 mandados judiciais expedidos pelo Superior
Tribunal de Justiça (STJ), sendo 19 mandados de busca e apreensão e 06 de prisão temporária
cumpridos na cidade de Manaus/AM e Porto Alegre/RS, além de sequestro de bens e valores,
que, somados, alcançam a quantia de R$ 22.837.552,24.
Segundo as investigações, há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de
Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta, para favorecer grupo de
empresários locais, sob orientação da cúpula do Governo do Estado, de um hospital de
campanha que, conforme os elementos de prova, não atende às necessidades básicas
de assistência à população atingida pela pandemia COVID-19, bem como coloca em risco de
contaminação os pacientes e os funcionários da unidade.
Verificou-se, ainda, que contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e
diagnóstico por imagem, todos os três firmados em janeiro de 2021 com o Governo do
Amazonas, cujos serviços são prestados em apoio ao hospital de campanha, contêm indícios
de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não
prestação de serviços contratados.
Os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de
fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa e, se condenados,
poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.
Comunicação Social
Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazona