Brasileiro fica tetraplégico em acidente no Japão e família busca ajuda para trazê-lo de volta

Repositor em uma fábrica de autopeças, Daniel Ueno, de 36 anos, voltava do trabalho de bicicleta em meio à chuva em setembro de 2023, quando sofreu um acidente. A queda resultou em traumatismo craniano, lesão medular e, após sair do coma, foi diagnosticado com tetraplegia.

“Ele ainda está bem chocado com tudo porque não se lembra do acidente. Está recuperando a memória dos últimos 5 anos aos poucos. Essa semana mesmo ele quis que eu contasse novamente quanto tempo ele ficou em coma e como foi o acidente” disse a esposa dele, Thais de Oliveira. O casal, que tem um filho pequeno, está no Japão há cinco anos e atualmente em Toyota (Aichi),

Diante da situação de Daniel, ela não vê mais condições de permanecer com a família no país e quer retornar ao Brasil. Para isso, será necessário adaptar um avião além de providenciar acompanhamento médico e de enfermagem durante a viagem de mais de 30 horas. O custo estimado é de R$ 230 mil.

Thais procurou o Consulado-Geral do Brasil em Nagoia para explicar a situação e comunicar o desejo de retornar para casa. “Eles pegaram todos os documentos médicos, cópias dos nossos passaportes e iriam se informar com os superiores para retornar o contato. Estou aguardando”, disse.

Familiares e amigos do brasileiro pedem ajuda para trazê-lo do Japão. Em Vargem Grande do Sul (SP), cidade natal de Daniel Ueno, uma rede de apoio e solidariedade tem diversas ações para arrecadar recursos, como rifas, bazares e shows.

A Prefeitura de Vargem Grande do Sul informou que entrou em contato com Itamaraty pedindo ajuda e aguarda um retorno do caso, que está em análise.

O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Nagoia, disse também que tem conhecimento do caso e permanece à disposição para prestar a assistência consular cabível ao cidadão brasileiro.

Tratamento

Ueno está internado há seis meses em um hospital de fisioterapia intensiva. O seguro do acidente de trabalho está cobrindo os gastos hospitalares. Como a condição do brasileiro é permanente, o benefício deve ser suspenso no dia 20 deste mês.

O paciente até pode continuar no hospital, já que tem plano de saúde, mas em outra ala e sem a terapia intensiva de 3h a 4h por dia.

“Se diminuir, ele perderá cada vez mais tônus muscular. Em casa, não poderíamos pagar fisioterapia particular porque é extremamente cara”, disse Thais. Por isso, retornar ao Brasil é a melhor decisão para todos no momento.

“Ter uma rede de apoio, nossa família e amigos por perto fará toda a diferença e será primordial para todos nós nesse momento tão delicado das nossas vidas. Vamos precisar de ajuda e cuidados e temos muitas perguntas ainda sem respostas”, disse.

A esposa afirmou que vai lutar para que o marido tenha o melhor tratamento possível de reabilitação.

Por Redação

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