Bactéria multirresistente em Hospital do DF

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou hoje que 16 pacientes foram isolados no Hospital Regional de Santa Maria, a 30 quilômetros de Brasília, após exames detectarem uma bactéria multirresistente, a Acinetobacter baumannii.
Segundo a direção do hospital, dois pacientes passam por tratamento com antibióticos e em os outros 14 a bactéria foi encontrada, mas não causa infecção. O quadro clínico de cada paciente não foi detalhado.
De acordo com a secretaria, mais cinco pacientes infectados com bactérias multirresistentes continuam internados em outros dois hospitais do DF e um idoso teve alta médica hoje. Os casos de contaminação por “superbactérias” ganharam repercusão depois que três pacientes infectadas morreram, domingo e segunda-feira.
O diretor de Infectologia do Hospital de Santa Maria, Paulo Cortez, negou que o Distrito Federal passe por um surto de contaminação por bactérias multiresistentes. Segundo ele, os pacientes identificados têm doenças crônicas e longo tempo de permanência na unidade hospitalar. “Todos os pacientes são submetidos aos protocolos de segurança da unidade. Os leitos estão isolados individualmente e não há áreas interditadas no hospital”, disse o médico.
Cortez ressaltou que a resistência das bactérias aos antibióticos é um problema mundial. “As bactérias multirresistentes fazem parte do processo evolutivo bacteriano. Para o manejo, são necessários antibióticos de espectro maior e medidas de contenção, como o isolamento de contato”, disse o especialista.
Assim como o KPC e o enterococo, bactérias identificadas no Distrito Federal, o Acinetobacter baumannii não se propaga pelo ar e só pode ser transmitida de uma pessoa para outra pelo contato direto ou com os aparelhos utilizados por elas. Segundo o especialista, a bactéria é comum em ambiente hospitalar.
Cortez informou que os primeiros pacientes com a bactéria no hospital foram internados ainda em janeiro e esse tipo de organismo fica restrito a locais de assistência médica de maior complexidade. “Conforme o estado de saúde do paciente, seja por doença ou cirurgia ampla, ele fica mais suscetível a desenvolver a infecção”, explicou.
Fonte: agencia Brasil
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