A vacina de 2014
Por Rosita Capelo Fonteles
Em 2013 houve um aumento dos casos de coqueluche no Brasil, foram confirmados 6.523, segundo um “Estudo descritivo de série histórica da coqueluche no Brasil no período de 2006 a 2013”. Esse trabalho aporta que “…a vacina tríplice acelular (dTpa), no terceiro trimestre de gestação, foi introduzida no Programa Nacional de Imunizações brasileiro”. Veja em:https://www.teses.usp.br/
Em novembro de 2014 começou a vacinação da dTpa para gestantes, contra difteria, tétano e coqueluche. As informações registradas na carteira de vacinação das gestantes não são confiáveis, como indica o artigo “Análise do preenchimento da caderneta da gestante de adolescentes e adultas e registro do seguimento das recomendações do Ministério da Saúde“, em:https://repositorio.ufrn.
Se a dTpa inicialmente tiver sido aplicada nos primeiros meses de gestação, pode ter causando o surto de microcefalia em 2015. Mas existem outras indagações. O que poderia ocorrer com uma gestante que já tivesse tomado uma ou duas doses da vacina dT (difteria e tétano) e não tivesse controle, deveria ter tomado a dTpa normalmente? Em que espaço de tempo? Isso poderia afetar o bebê? O mesmo questionamento faço para a vacina do covid-19. As gestantes podem tomar? E quem já teve covid como a vacina vai atuar? E quem já teve a covid pela segunda vez, como a vacina reage? Tudo isso já foi testado? A maioria das pessoas talvez não tenha problema por não se encontrarem em nenhuma situação atípica, ou talvez nem saiba. De qualquer forma, toda e qualquer situação é importante.
Muita gente já tomou a vacina dTpa e não teve nada, mas algumas mães podem ter tido filhos com microcefalia pelo mal uso dela. Talvez falte organização e controle em relação a distribuição das vacinas, o que também não ajuda. Mas para evitarmos mais problemas de saúde pública futuramente essas questões precisam ser esclarecidas. Saber exatamente o que aconteceu, conhecer a causa do problema para evitar outros.
Não sou contra as vacinas, estou só querendo evitar mais problemas. É a vida que está em jogo, vamos nos juntar e pesquisar, procurar a verdade e compartilhar, para não cometermos o mesmo erro com outras vacinas. Nossas autoridades atribuíram a causa da microcefalia ao zika, mas acho que não existe informação suficiente que comprove essa teoria, apesar da quantidade de artigos publicados, as conclusões são duvidosas. Me surpreendo quando não encontro pesquisa que nem verifica a possibilidade da causa ter sido a vacina.
Encontrei um artigo que relata o sofrimento de mães e o despreparo de todos para lidar com o problema. Observe a seguinte situação: “Na sala de parto, Eliane estranhou a ausência do filho recém-nascido. Assim que chegou ao mundo,
Dizem que o brasileiro tem memória curta, esquecemos facilmente as experiências e repetimos erros do passado. Para muitos isso pode ser passado, mas faz parte do presente e seguirá no futuro de muitas famílias brasileiras, com ou sem o apoio do governo ou da sociedade. Recentemente assisti o vídeo de um professor da Unicamp, falando das vacinas do covid-19 e da importância da adesão da população. O professor diz também que “nenhuma vacina causa deformidade em bebê”, mas o mal uso dela pode causar. A vacina dTpa é uma delas, se for aplicada nos primeiros meses de gestação pode sim causar deformidade no bebê. Como podemos saber se isso não aconteceu?
As vacinas são poderosas e podem salvar vidas, mas o mal uso delas pode ter poder destrutivo, como um remédio que tanto pode salvar como tirar vidas. Portanto quem taxa qualquer questionamento em relação as vacinas de criminoso ou de movimento anti-vacina deveriam primeiro pesquisar mais sobre a causa do surto de microcefalia de 2015 e divulgar suas pesquisas, porque criminoso talvez tenha sido o que aconteceu com mais de 3000 famílias brasileiras de baixa renda em 2015. Precisamos saber o que de fato causou a microcefalia das crianças e para isso considerar outras hipóteses além do Zika vírus, como por exemplo, a vacina de 2014.