Zona Leste discute Polícia Comunitária

O Conselho Interativo Comunitário de Segurança (Conseg) promoveu nesta quarta-feira (19), na escola estadual de tempo integral Elisa Bessa Freire, o 1º Encontro de Segurança Pública da Zona Leste. Representantes de entidades locais e das polícias Civil e Militar abordaram estratégias de diminuir a violência, entre elas a consolidação e disseminação da Polícia Comunitária na capital.
O presidente do Conseg, Nilson Costa apresentou os números que tem gerado temor nos moradores da Zona Leste, região mais populosa de Manaus. Pediu entrosamento familiar para combater os crimes. “A estatística apresentada na imprensa nos faz refletir. Em janeiro de 2010, foram registrados 60 homicídios na capital. Em janeiro deste ano, foram 117 assassinatos. Não é apenas uma questão de reforçar armamentos, embora essa ação seja importante. A família tem participação fundamental neste processo de pacificação. Quantas vezes nossos filhos nos pedem atenção e viramos as costas? Se nós não nós aproximarmos deles, pessoas mau intencionadas o farão”, alertou o Nilson Costa.
Polícia Comunitária
O modelo de policiamento comunitário, que íntegra as polícias com a comunidade, vem se implantado no país desde 1985. Por falta de apoio, as iniciativas não tem prosperado, como relatou Elane Belota, presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Manaus. “As polícias civil e militar tem se esforçado para combater a criminalidade nas suas mais diferentes vertentes, mas é impossível a onipresença. Não podem estar em todos os lugares ao mesmo tempo. A aproximação com a população pode suprir esta lacuna. As autoridades sabendo onde se concentram o maior número de ocorrências poderão direcionar um policiamento mais ostensivo para a área. Por isso o entrosamento com a população é fundamental. Só os comunitários podem dizer onde ocorrem os crimes”, explicou Elane.
O presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Manaus (Codese Manaus) ponderou que a função dos órgãos de repressão assim.como seus representantes devem ser valorizados sem esquecer a base da sociedade. “Eu fui oficial paraquedista do Exército, mas nunca fui para a guerra. Nossos policiais enfrentam guerras todos os dias nas ruas de nossa cidade. Se contassemos com uma guarda municipal armada e treinada, juntamente com famílias unidas para combater a violência, essa onda de criminalidade iria reduzir gradativamente. Vocês, jovens, podem contribuir disseminando o conceito de que a união faz a diferença para um mundo mais pacífico”, enfatizou Romero Reis, presidente do Codese Manaus.
O encontro teve como objetivo conhecer as iniciativas desenvolvidas por cada instituição a fim de formatar, no futuro, um plano de combate a violência que integre todos os atores sociais envolvidos.

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