Telefonema entre Biden e Trump foi breve e respeitoso

A ligação do presidente Joe Biden ao ex-presidente Donald Trump após a tentativa de assassinato de sábado durante um comício de campanha na Pensilvânia foi “curta e respeitosa”, disse uma fonte informada sobre a ligação nesse domingo (14).

Biden estava em Rehoboth Beach, Delaware, quando o ataque aconteceu. Durante comentários públicos pouco depois, o presidente disse que planejava falar com Trump. Os dois conversaram por telefone, mas nenhuma das campanhas forneceu detalhes da ligação.

Ambos os candidatos presidenciais condenaram o ataque. Numa publicação no Truth Social nesse domingo, Trump exortou os americanos a “permanecerem unidos e mostrarem o nosso verdadeiro carácter como americanos”. Também afirmou que “Deus impediu o impensável de acontecer”, pedindo a seus compatriotas que permaneçam unidos para “não permitir que o mal vença”. Em sua publicação nas redes sociais, Trump confirmou que participará da Convenção Nacional Republicana que começa na segunda-feira em Milwaukee, Wisconsin.

No sábado, Biden disse que “não há lugar para este tipo de violência na América. Devemos nos unir como uma nação para condená-lo.” Os rivais políticos se viram pela última vez durante o debate presidencial do mês passado.

Após a tentativa de assassinato, que feriu o ex-presidente de 78 anos em uma orelha, Trump foi retirado do palanque enquanto escorria sangue em parte de seu rosto durante o comício em Butler, Pensilvânia, norte do País. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto por atiradores de elite. Um espectador morreu e outras duas pessoas ficaram gravemente feridas.

O Serviço Secreto informou no sábado que o agressor “disparou vários tiros em direção ao palco a partir de uma posição elevada fora do comício” antes de ser “neutralizado” pelos seus agentes. O agente especial do FBI Kevin Rojek afirmou que o caso é tratado como uma “tentativa de assassinato”.

Trump, usando um boné vermelho com seu slogan “Make America Great Again” (Faça os EUA grandes novamente), tinha acabado de começar a falar em seu último comício antes da Convenção Nacional Republicana quando foram ouvidos tiros.

Vídeos mostram Trump levando a mão à orelha ensanguentada antes de se agachar enquanto os agentes do Serviço Secreto subiam ao palanque para cercá-lo e escoltá-lo até um veículo próximo. Enquanto era escoltado, Trump ergueu o punho em desafio, dizendo mais tarde: “Eu soube imediatamente que algo estava errado porque ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele”, disse Trump.

Um vídeo publicado pelo site TMZ, especializado em notícias de celebridades, mostra o atirador de bruços, no telhado de um prédio, com o fuzil na mão. Ele está tentando “mirar cuidadosamente em um alvo à distância antes de atirar”, segundo o TMZ. O vídeo não mostra o homem atirando, mas ouve-se uma rápida sucessão de tiros, seguidos por gritos.

Em outras imagens, que não puderam ser verificadas, o corpo do suposto agressor é visto caído no telhado. Acredita-se que ele tenha tenha agido sozinho. O pai do agressor, Matthew Crooks, disse que tentava “entender o que aconteceu” e que não falaria até entrar em contato com as forças de segurança. Seu filho era registrado como eleitor republicano, segundo a imprensa americana.

O Serviço Secreto dos EUA negou nesse domingo boatos de que havia rejeitado dar proteção adicional a Trump. Seu porta-voz, Anthony Guglielmi, disse na rede X que essas afirmações contra a entidade são “absolutamente falsas”, acrescentando que a agência “adicionou novos recursos, tecnologias e capacidades de proteção” à medida que a campanha presidencial avança.

Várias testemunhas disseram que chamaram a polícia quando viram o homem antes dos disparos. As forças de segurança de Butler reconheceram ter respondido a uma série de relatos de “atividades suspeitas”, mas não forneceram detalhes.

“Vimos muitas pessoas caírem, pareciam confusas. Ouvi os tiros”, disse John Yeykal, de Franklin, que participava de seu primeiro comício de Trump. Os Estados Unidos têm um histórico de violência política, os presidentes, ex-presidentes e candidatos têm medidas de segurança rigorosas. As informações são do O Globo.

Por Redação

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