Submarino naufragado reacende teoria sobre “Hitler ter fugido para a Argentina”
A História diz que, na iminência de perder a Segunda Guerra Mundial, Adolf Hitler se suicidou. Porém há uma teoria que afirma que o líder nazista não se matou, mas “fugiu para a Argentina num submarino alemão”.
Em setembro, o grupo de pesquisa Eslabón Perdido fez uma descoberta no litoral de Quequén (Argentina) que deu mais munição aos defensores dessa teoria. Foram descobertos os restos de uma embarcação, de quase 80 metros de comprimento, que seria de um submarino alemão.
O líder do grupo, Abel Basti, acredita que pode ter sido o submarino nazista que teria levado Hitler para uma nova vida na América do Sul, que, de fato, foi o destino de algumas importantes autoridades nazistas fugidas da Europa, como Adolf Eichmann e Josef Mengele.
Fabio Bisciotti, que lidera o grupo de estudos subaquáticos da Liga Naval Italiana, analisou fotos do naufrágio, a 30 metros de profundidade, e acredita que há indícios de que poderia ser um submarino condizente com o da época da Segunda Guerra.
Uma dessas pistas é uma placa amarela, marcada com dois caracteres tipo S em uma fonte familiar.
“Conversando com outros historiadores, descobrimos que esse tipo de caractere é muito semelhante ao alfabeto alemão usado durante a guerra”, afirmou Bisciotti.
Para chegar a esta conclusão, os peritos se basearam em imagens submarinas feitas por um robô, que, entre outras partes da embarcação, mostram o que seria uma escotilha, um pedaço da torre (parte mais saliente em qualquer submarino) e, acima de tudo, uma haste fina e comprida, que todos interpretaram, sem a menor dúvida, como sendo um periscópio – equipamento que só os submarinos possuem.
Não há registro de naufrágio de embarcação argentina em condições semelhantes.
A expedição durou seis dias e envolveu 43 profissionais.
O site da ArgenPorts, empresa que administra os portos da Argentina, afirmou nesta semana que a Justiça Federal está analisando o caso. Integrantes da expedição serão ouvidos em audiências. Autoridades pediram também ajuda ao governo alemão para identificar os restos da embarcação naufragada a cerca de 2,3 milhas náuticas (4,2 quilômetros) da costa.
Antecedentes históricos
Em suas pesquisas, Basti também se baseou em antecedentes históricos, que comprovam a capacidade que os submarinos alemães tinham de chegar escondidos e incólumes à costa argentina, onde teriam contado com a cumplicidade do próprio governo argentino.
Um destes casos foi a rendição de dois submarinos nazistas, o U-530 e U-997, na cidade de Mar del Plata, em agosto de 1945, três meses após o final do conflito com a Alemanha – e, supostamente, após terem desembarcado seus ocupantes graduados em pontos ermos do litoral argentino, como também teria sido o caso do submarino agora encontrado.
Outro caso envolveria até o torpedeamento de um navio da Marinha do Brasil, o cruzador Bahia, que teria sido alvejado por um submarino alemão a caminho da Argentina, para não ser descoberto, o que resultou na maior tragédia da história naval do Brasil, que, até hoje, alimenta as teorias da conspiração sobre a presença nazista na Argentina do pós-guerra.
Por Redação