Rússia anuncia a morte de dois de seus comandantes militares na Ucrânia

A Rússia anunciou, nesse domingo (14), a morte de dois de seus comandantes militares perto de uma área de acesso à cidade de Bakhmut, no “front” do leste da Ucrânia.

Em um raro anúncio de baixas no campo de batalha, o Ministério russo da Defesa disse em um comunicado que os comandantes Vyacheslav Makarov e Yevgeny Brovko morreram “heroicamente”.

Junto com seus soldados, Makarov, comandante da 14ª Brigada de Fuzileiros Motorizados, repeliu “dois ataques inimigos” antes de ser “gravemente ferido e falecer durante sua retirada do campo de batalha”, disse o porta-voz do ministério, Igor Konachenkov.

Brovko, vice-comandante do corpo do Exército “encarregado do trabalho político-militar”, morreu “pelos vários ferimentos por estilhaços” na linha de frente ucraniana.

A comunicação incomum por parte do Exército russo reflete a escalada dos combates nos últimos dias, enquanto Moscou afirma ter repelido ataques ao longo de 95 quilômetros do “front” oriental.

Os combates ainda assolam Bakhmut, epicentro dos confrontos no Donbass e em seus arredores.

Sem ataques

A Ucrânia não tem planos de atacar alvos na Rússia, mas somente contra-atacar para recuperar territórios ocupados pelos russos, disse nesse domingo (14) o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

“Não estamos atacando o território russo”, disse ele após um encontro em Berlim com o chanceler alemão, Olaf Scholz. “Estamos preparando um contra-ataque para desocupar os territórios conquistados ilegitimamente”, acrescentou.

Scholz prometeu apoiar a Ucrânia “pelo tempo que for necessário”, garantindo ao país 2,7 bilhões euros (R$ 14,5 bilhões) em armas. Isso inclui tanques Leopard alemães avançados e mais sistemas antiaéreos para defender a Ucrânia de ataques quase diários de mísseis e drones russos.

Zelensky descreveu a ajuda alemã como “a maior desde o início da agressão em grande escala” pela Rússia em fevereiro de 2022.

A Alemanha mudou sua posição quanto à Ucrânia desde que o conflito começou. Inicialmente, havia relutado em fornecer equipamentos militares ao país. Agora, praticamente dobrou sua contribuição da noite para o dia, diz a correspondente da BBC em Berlim, Jenny Hill.

A Rússia acusa a Ucrânia de atingir repetidamente alvos dentro do território russo, incluindo um ataque de drone contra o Kremlin em Moscou no início deste mês.

A Ucrânia nega as acusações, ao mesmo tempo em que enfatiza que tem o direito legítimo de usar a força e outros meios para desocupar totalmente seus territórios atualmente sob controle russo. Isso inclui quatro regiões no sul e no leste, bem como a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

Por Redação

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