Quase 20 pessoas já morreram no Irã em protestos contra morte de jovem presa por usar véu de forma inadequada

Pelo menos 17 pessoas morreram durante os intensos protestos que acontecem desde a semana passada no Irã. As manifestações iniciaram depois que uma jovem de 22 anos, detida por não usar o véu “adequadamente”, entrou em coma e morreu em um hospital enquanto estava sob custódia da polícia.

O governo iraniano ainda não esclareceu qual foi a causa da morte, que incitou um movimento sem precedentes na capital Teerã e em outras cidades contra a repressão às mulheres e à chamada “polícia da moralidade” que existe no Irã.

Pela lei iraniana, que é baseada na Sharia – uma interpretação jurídica do Alcorão –, as mulheres devem usar o hijab, um tipo de véu islâmico que cobre a cabeça, o cabelo e o pescoço. 

Entre os mortos nos protestos, estão manifestantes e integrantes das forças de segurança, de acordo com um balanço oficial divulgado nesta quinta-feira (22).

As mortes aconteceram durante confrontos entre os manifestantes e a polícia em diferentes locais do país, como Tabriz, Qazvin, Mashhad, Shiraz e Kermanshah. Segundo a imprensa iraniana, as vítimas foram baleadas ou esfaqueadas. Carros da polícia e delegacias foram incendiados.

Mahsa Amini, a jovem que morreu após ser detida pela polícia, é natural do Curdistão e passava férias com a família no Irã. Ela foi detida na capital Teerã no dia 13 deste mês. Mahsa faleceu no dia 16.

Em razão da onda de protestos, o governo determinou nesta quinta o bloqueio da internet, das redes sociais e do WhatsApp em todo o país.

Por Redação

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