Putin diz que militares russos impediram uma guerra civil após rebelião do grupo paramilitar Wagner

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira (27) que os militares do seu país impediram uma guerra civil após a rebelião de membros do grupo paramilitar Wagner.

A declaração foi dada durante discurso de Putin a militares no Kremlin. Esse foi o segundo pronunciamento do líder russo, que não costuma discursar com frequência, desde o motim do grupo mercenário. Na segunda-feira (26), ele já havia feito um discurso televisionado à nação.

Na manhã desta terça, Putin se dirigiu apenas às forças que participaram das operações de resistência ao motim. Ele disse que “nem o Exército nem o povo russo estavam ao lado dos rebeldes”.

O presidente afirmou também que não foi preciso deslocar nenhuma tropa que luta na Ucrânia para ajudar na resistência à rebelião. Ele agradeceu às unidades das Forças Armadas, da Guarda Nacional e das forças de segurança de Moscou que “ajudaram a manter a ordem durante o motim”, que durou da tarde de sexta-feira (23) à tarde de sábado (24).

Os mercenários do grupo Wagner ameaçaram invadir a capital russa. Eles estavam a caminho da cidade quando um acordo entre as duas partes foi anunciado. O acerto foi intermediado pelo governo de Belarus, aliado de Putin. A Praça Vermelha chegou a ser fechada e protegida por tanques de guerra durante a revolta. Pelo acordo, o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, se exilará em Belarus.

Como no discurso que fez na segunda-feira à nação, Putin repetiu que os mercenários não conseguiriam tomar Moscou, mesmo sem um cessar-fogo.  Ele também pediu um minuto de silêncio em homenagem aos pilotos de helicópteros militares russos derrubados na sexta-feira por membros do grupo Wagner. Os mercenários alegam que estavam se defendendo de bombardeios da própria Rússia a uma base do grupo paramilitar na Ucrânia.

Por Redação

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