Pesquisa busca alternativa para controlar parasitas de tambaqui

Ideia é encontrar a concentração ideal de medicamento e assim diminuir os prejuízos de produtores rurais
Um estudo científico desenvolvido pelo  aluno de mestrado José Lima busca controlar a infestação de acantocéfalo (Neoechinorhynchus buttnerae) espécie de parasita que ataca tanto tambaquis jovens quanto adultos, que absorve nutrientes dos alimentos ingeridos pelo animal impedindo que o peixe se desenvolva e com isso o produtor passa a ter prejuízos.
Segundo José Lima, o objetivo da pesquisa é avaliar e definir a melhor concentração de Cloridato de Lavamisol (CL), um medicamento amplamente utilizado para tratar de verminoses intestinais humanas e na medicina veterinária para o tratamento ovinos, caprinos, bovinos, suínos, aves e peixes. Sendo que para peixes são poucos os estudos, e especificamente em tambaqui, esta pesquisa é pioneira.

 Objetivo do estudo é avaliar e definir a melhor concentração de Cloridato de Lavamisol (CL). Foto: divulgação

“Estaremos disponibilizando para os produtores e pesquisadores uma alternativa para o controle desse parasita, de modo seguro tanto para os peixes, os consumidores e para o meio ambiente, uma vez que este medicamento é rapidamente eliminado do organismo do animal, e no meio ambiente é rapidamente biodegradado. Além de ser um remédio que já é vendido nas lojas de produtos veterinários da cidade de Manaus, e tem um preço acessível aos produtores”, disse.
Mestrando do Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu da Universidade Nilton Lins em parceria com o Inpa, Lima é natural do município de Barcelos e  conta com apoio do Programa de Bolsas de Pós-Graduação voltado ao Interior do Estado do Amazonas (PROINT-AM) da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado do Amazonas (Fapeam), que tem com objetivo oferecer bolsas de estudos de Pós-Graduação Stricto Sensu (mestrado e doutorado).
De acordo com dados do Anuário da Associação Brasileira de Piscicultura (PEIXE BR), o tambaqui representa 43,7% da produção brasileira.
O pesquisador afirma que a demanda por tambaqui é crescente, sendo ela a espécie nativa mais produzida no Brasil, tendo sua maior produção na região Norte do Brasil, com destaque para o Estado de Rondônia. Essa demanda leva produtores a intensificar seus sistemas de produção e isso gera e um estresse crônico nos animais, causando prejuízos ao sistema imunológicos, tornando-os mais susceptíveis a ação de patógenos, que são organismos capazes de causar doença em um hospedeiro, que no caso é o tambaqui.
“Com aumento de população numa determinada região, aliado ao manejo inadequado, como excesso de manuseio dos peixes, má alimentação, sobra de ração nos viveiros, o que leva a deterioração da água mudando as sua características físicas e químicas, acontece o desenvolvimento de organismos, como fungos, bactérias, protozoários, vírus e parasitos (ex. o acantocéfalo Neoechinorhynchus buttnerae, alvo desta pesquisa,” contou.
Fonte https://www.acritica.com

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