ONU afirma que superlotação, água inadequada e saneamento precário impulsionam hepatite A em Gaza

As infecções por hepatite A aumentaram na Faixa de Gaza devido a superlotação, falta de água potável e saneamento precário, disse a UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras), citando o Ministério da Saúde de Gaza, dirigido pelo Hamas.

A UNRWA afirmou que os casos suspeitos da doença aumentaram 16 vezes em janeiro de 2024, mais do que em todo o mês de novembro do ano passado. Milhares de pessoas deslocadas estão compartilhando banheiros e chuveiros, ressaltou a agência.

O chefe da OMS (Organização Mundial da Saúde) destacou na semana passada que 24 casos de hepatite A em Gaza foram confirmados através de kits de teste e alertou para “condições de vida desumanas” que contribuem para a propagação da doença.

“A capacidade de diagnosticar doenças continua extremamente limitada. Não há laboratório funcionando. A capacidade de resposta também permanece limitada”, advertiu diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, no X na quinta-feira (18).

Na semana passada, nenhuma morte foi relatada em Gaza por hepatite A, de acordo com a OMS, mas milhares de pessoas com icterícia foram registradas “presumivelmente também devido à hepatite A”, ponderou Ghebreyusus.

De acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, os sintomas da hepatite A podem incluir pele ou olhos amarelados, falta de vontade de comer, dor de estômago, vômitos, febre, urina escura ou fezes claras, diarreia, dor nas articulações e sensação de cansaço.

Os adultos têm maior probabilidade do que as crianças de apresentar sintomas se estiverem infectados.

Por Redação

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