O BILIONÁRIO ESCÂNDALO DO GASODUTO COARI-MANAUS AVANÇA E PODE ENCRENCAR GENTE GRAÚDA

Em 2006, o gasoduto Coari-Manaus era um conto de fadas que se iniciava no Estado do Amazonas acenando com as fábricas do PIM abastecidas com energia oriunda do gás gerado a partir de Urucu, além de residências e automóveis, na cidade de Manaus, supridos em suas demandas pelo polo energético cantado em prosa e verso pelas lideranças políticas da época.
Doze anos depois, o ministro da Economia, Paulo Guedes, exige que avancem e tenham termo as investigações da Operação Lava Jato sobre os contratos bilionários celebrados em favor do gasoduto tocado sob os governos do ex-presidente Lula e Eduardo Braga. Há, portanto, a esperança de que agora o escândalo seja desnudado de vez e a população amazonense saiba em que ralo foi parar o montante de R$ 2,5 bilhões do BNDES.
“As investigações são antigas e precisam chegar a um desfecho. A importância da obra para região não pode justificar desvios de recursos, e quem quer que seja beneficiário desses desvios deve ser exemplarmente punido”, disse à coluna o deputado federal Marcelo Ramos (PR) acerca do escândalo.
FOI TUDO UM SONHO
Para muita gente, em Manaus, não passou mesmo de um conto de fadas, ou sonho de uma noite de verão, a cantilena politiqueira sobre gás de cozinha barato à disposição da população consumidora.
Hoje, por conta do propinoduto que o governo Jair Bolsonaro quer desbaratar, pesa no bolso do consumidor a realidade da botija de 13 quilos do gás ao preço de R$ 70.
TCU CONDENA
Segundo o jornal Folha de São Paulo, o Tribunal de Contas da União (TCU), entre 2007 e 2008, começou a apertar o cerco em cima da farra de dinheiro público liberado pelo BNDES ao gasoduto que a empresa OAS promovia com políticos graúdos.
À época, o TCU apontou 26 irregularidades nos contratos e responsabilizou o ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, pelos absurdos. Duque acabou preso por superfaturamento e falsificação de documentos.
AMBULÂNCIA E ADITIVOS
Dentre outros escândalos envolvendo o gasoduto Coari-Manaus há o caso de uma ambulância que custou R$ 800 mil quando o seu preço real girava em torno de R$ 54 mil.
Quando isso ocorreu, as falcatruas já chegavam a R$ 2,2 bilhões e os desvios só não foram radicalizados porque o engenheiro da Petrobras Gésio Rangel de Andrade brecou aditivos graciosos com que os corruptos pretendiam irrigar suas contas bancárias à custa do gasoduto.
 
Fonte: Portal Zacarias