Nota da PF sobre a 3ª Fase da Operação Maus Caminhos

Em nota distribuída na manhã desta quinta-feira (21), a Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas diz que o ex-governador José Melo (Pros), preso hoje na terceira fase da Operação Manaus Caminhos, denominada “Operação Estado de Emergência”, recebia “pagamentos periódicos” da organização criminosa que roubou mais de 112 milhões de reais do Fundo Estadual de Saúde.
A organização criminosa tinha como chefe o médico Mouhamad Moustafa, que está preso.
De acordo com a nota, “os fatos relacionados ao envolvimento do ex-governador do Estado somente apareceram após o avanço da investigação”.
Ressalta a nota: a “(…) OPERAÇÃO ESTADO DE EMERGÊNCIA (…) tem como objetivo investigar os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capitais e de organização criminosa, envolvendo o ex-governador do Estado”.
 

Nota da PF na íntegra:
Manaus/AM – A Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas, como o apoio da CGU – Controladoria Geral da União, deflagrou nesta manhã, 21/12, a terceira fase da Operação Maus Caminhos, denominada OPERAÇÃO ESTADO DE EMERGÊNCIA, que tem como objetivo investigar os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capitais e de organização criminosa, envolvendo o ex-governador do Estado. A investigação abrange os crimes praticados pelos membros da organização criminosa alvo da primeira fase que corromperam diversos agentes públicos do Estado do Amazonas, por meio do pagamento de propina, utilizando-se de recursos públicos desviados do Fundo Estadual de Saúde, para o fim de obter o direcionamento de contratos, acelerar a liberação de pagamentos e acobertar os ilícitos praticados. O nome da OPERAÇÃO ESTADO DE EMERGÊNCIA é uma referência à situação de calamidade pública que se encontrava a prestação de serviços públicos de saúde no Estado, sendo decretado pelo então governador, em 31 de agosto de 2016, o estado de emergência econômica na saúde estadual, mês anterior à deflagração da primeira fase da Operação MAUS CAMINHOS. Na ocasião criou também o GABINETE DE CRISE, composto pelas secretarias Estaduais de Saúde, da Casa Civil, da Fazenda e de Administração e Gestão, cujos secretários foram presos na OPERAÇÃO CUSTO POLÍTICO. Os fatos relacionados ao envolvimento do ex-governador do Estado somente apareceram após o avanço da investigação e dão conta de que o chefe maior do executivo estadual recebia pagamentos periódicos dos membros da organização criminosa. Nesta fase foram cumpridos 07 mandados de busca e apreensão e 01 mandado de prisão temporária, em Manaus e em Rio Preto da Eva/AM. 

foto  observatório de manaus
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