Noite de foguetório de mais de 20 minutos assusta moradores de Manaus
“Informação não confirmada pela polícia sugere que os fogos comemoravam tomadas de territórios por facções criminosas. Áudios e vídeos em grupos de Whatsapp movimentaram a cidade”
Uma suposta comemoração por marcação de território assustou a população de Manaus no inicio da noite desta segunda-feira (10) e gerou várias suposições em grupos de mensagens instantâneas como Whatsapp e Telegram. Os comentários e mensagens divulgadas nos aplicativos de mensagem começaram após uma queima de fogos ser registrada em vários bairros de Manaus.
As mensagens fazem um alerta à população de que a facção criminosa Comando Vermelho (CV) estaria se preparando para invadir o bairro da Compensa, na Zona Oeste, e que os fogos seriam em comemoração a morte de um integrante da facção rival, Família do Norte (FDN).
Na tarde de hoje, Diogo Lopes Linhares, conhecido como “Baixinho”, foi executado com mais de dez tiros por volta de 12h45, no bairro Coroado, Zona Leste de Manaus. Nas proximidades do local do crime, diversos muros foram pichados com as iniciais CV em vermelho.
Os fogos foram ouvidos em todas as zonas da cidade e virou comentário nas redes sociais. Um morador da Zona Leste, que preferiu não ser identificado, disse que as pessoas estão assustadas.
“A queima de fogos durou uns 20 minutos ou mais. O pessoal estava comentando que eram os traficantes comemorando a morte de um outro traficante de uma facção rival, mas não sabemos se procede”, disse o morador.
Já na Zona Oeste, moradores também relataram o ocorrido e disseram estar apreensivos.
“Foram muitos fogos, muitos mesmo. A gente ouviu falar um monte de coisa, não temos certeza, mas a gente fica com medo”.
Alguns vídeos também circularam mostrando homens soltando os fogos e comemorando a suposta tomada de território. Em um deles o grupo fala “É CV por..”.
No início desta noite, moradores que precisaram de atendimento no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Joventina Dias tiveram dificuldades. A informação é que a unidade de saúde recebeu um aviso de toque de recolher. O atendimento continua mas de forma lenta e para casos específicos.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) para saber um posicionamento do órgão em relação ao assunto, mas até o fechamento da reportagem não teve retorno.
Fonte https://www.acritica.com