Nathália Araújo, de 18 anos, foi executada com um tiro em Goiânia.

A irmã da estudante Nathália Araújo Zucatelli, morta com um tiro enquanto saia de um cursinho em Goiânia, ainda tenta entender como aconteceu a tragédia, na noite de segunda-feira (22). Em entrevista ao G1, Talita Araújo Zucatelli diz que falou com a irmã na segunda-feira, horas antes da vítima ser assaltada e assassinada. “Ontem de dia ela me pediu um caderno do ensino médio para poder estudar”, diz. Segundo a família, Nathália morava em Ji-Paraná (RO) e estava em Goiás há cerca de um mês.
Nathália foi embora de Ji-Paraná (RO), região central do estado, para fazer cursinho pré-vestibular e tentar ingressar no curso de medicina. Ela morava sozinha na capital goiana, próximo à instituição onde estudava. “Ela morria de medo de cidade grande e até se assustou quando nossos pais a deixaram ir embora. Ela chegou em Goiânia há um  mês. Já tinha mandado várias fotos e vídeos do apartamento que ela estava montando”, conta a irmã, Talita Araújo.

Maria José Zucatelli, mãe de Nathália, junto da irmã
Talita e Nathália  (Foto: Reprodução/Facebook)

Conforme a Polícia Civil, Nathália foi morta durante um assalto, logo depois de sair do cursinho. A família inicialmente recebeu a notícia de que a jovem de 18 anos havia sido baleada no braço. “Depois nos ligaram informando que ela havia morrido”, conta a irmã.
O pai de Nathália viajou para Porto Velho ainda na noite de segunda, onde pegou voo para Goiânia. Segundo Talita, ele fará o reconhecimento e liberação do corpo da filha, que deve ser levado para Ji-Paraná, cidade onde será velada e enterrada. Os horários e locais do velório ainda não foram divulgados.
A mãe da vítima está abalada com o homicídio e, por enquanto, preferiu não dar entrevista.
Lembranças
Talita Araújo relembra que Nathália era uma pessoa tranquila e muito estudiosa. “A gente brigava como todos os irmãos, mas depois que ela foi embora ela me ligava todos os dias me contando como estava lá. Ontem mesmo ela me ligou e pediu para enviar uns cadernos antigos do ensino médio para estudar”, afirma a irmã.

Amigos
Nathália havia se formado em dezembro de 2015 como técnica florestal. Os amigos da escola contam que durante quatro anos estudando juntos com Nathália, compartilharam momentos e sonhos com a estudante que não podem ser esquecidos. “De repente, uma amizade que construímos juntos durante anos é interrompida por uma crueldade dessas. Estamos abalados”, conta Lucas Nardi.
Crime
O diretor da instituição onde Nathália estuda, Marcos Antônio de Souza Araújo, contou que a aula da estudante terminou às 17h40, mas a jovem continuou a estudar até às 21h30. A estudante voltava para casa depois dos estudos.
Segundo uma testemunha que preferiu não se identificar, a vítima foi abordada por um casal em uma moto. Os criminosos deram dois tiros contra a vítima e levaram seu celular. Depois de atingida, Nathália ainda teria caminhado e o casal fugiu, tomando rumo ignorado. A Polícia Civil investiga o caso.