‘Não é possível que o governo não aprenda que vai perder cada vez que entrar numa disputa ideológica’, diz Arthur Maia

Relator da proposta que estabelece o marco temporal para a demarcação de terras indígenas (PL 490/07), o deputado federal Arthur Oliveira Maia (União-BA) defendeu que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda o julgamento de repercussão geral marcado para o dia 7 de junho, por força da decisão no Congresso Nacional. O projeto foi aprovado na noite da última terça-feira, 30, com 283 votos favoráveis, 155 contrários e uma abstenção, consolidando uma nova — e expressiva — derrota do Executivo na área ambiental. Em entrevista a Claudio Dantas, diretor de redação da Jovem Pan News em Brasília, Maia destacou que a derrota do governo foi analisada como uma amostra da resistência ao governo em aprovar medidas de interesse político-partidário em desacordo com a base parlamentar.

“Não é possível que o governo não aprenda que, cada vez que entrar numa disputa ideológica, vai perder, com esse Congresso que está aí. A chance de o governo ter meu voto numa questão ideológica é zero”, exemplificou. O deputado, que também preside a CPMI do 8 de Janeiro, alertou que outras ações similares, como o apoio ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e o debate de reestatização da Eletrobras deverão encontrar a rejeição do Congresso. “A ideia de voltar atrás em questões já aprovadas, como a abertura do capital da Eletrobras, o apoio ao MST… Em todas essas questões ideológicas, o governo será derrotado.”

Fonte: Jovem Pan News

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