Ministro da Justiça afirma que não tratou de operações da Polícia Federal com Bolsonaro durante viagem aos EUA

O ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou neste domingo (26) que não tratou de operações da PF (Polícia Federal) com o presidente Jair Bolsonaro durante a viagem que eles fizeram aos Estados Unidos, no início deste mês.

Torres integrou a comitiva de Bolsonaro que viajou para Los Angeles, onde o presidente participou da Cúpula das Américas. Segundo interceptação telefônica feita pela PF no dia 9 deste mês, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro disse a uma filha que Bolsonaro havia lhe relatado “pressentimento” de que o ex-ministro poderia ser usado para atingir o presidente. Ribeiro foi preso pela PF na quarta-feira (22) e solto um dia depois.

“Diante de tanta especulação sobre minha viagem com o presidente Bolsonaro para os EUA, asseguro categoricamente que, em momento algum, tratamos de operações da PF. Absolutamente nada disso foi pauta de qualquer conversa nossa na referida viagem”, afirmou Torres nas redes sociais. A PF é vinculada ao Ministério da Justiça.

Com base nessa e em outras gravações, o Ministério Público pediu autorização da Justiça para apurar se houve interferência de Bolsonaro nas investigações sobre Ribeiro. O caso foi enviado para análise do STF (Supremo Tribunal Federal). A relatora é a ministra Cármen Lúcia.

O advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, afirmou que o presidente “não interferiu na PF” e não tem “nada a ver com essas gravações”.

Ribeiro foi preso durante uma operação da PF que investiga a suposta atuação ilegal de pastores na liberação de recursos do Ministério da Educação.

Por Redação

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