Mídia do Sudeste faz campanha contra a Zona Franca

Desde que a bancada do Amazonas reagiu de imediato ao decreto do presidente da República, Michel Temer (MDB), que fere de morte o polo de concentrados para bebidas não alcoólicas  da indústria do estado, uma forte artilharia passou a ser disparada contra a Zona Franca de Manaus (ZFM) pelos mais importantes jornais do país, localizados no Sudeste.
O primeiro torpedo de longo alcance dessa nova campanha foi disparado pelo O Globo, do Rio de Janeiro, que, historicamente, nunca havia se envolvido em batalhas contra a ZFM.
Mas, partiu do impresso a maior provocação, quando no dia 4 de junho seu articulista José Calado escreveu que o modelo é “Uma fraude amazônica”.
Na ocasião, afirmou que a sede da fraude é a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). Deu, inclusive, o CEP da autarquia e comentou que a bancada parlamentar do Amazonas suplica por benesses.
Esse mesmo O Globo, dez dias depois, publicou na coluna “Poder em jogo”, assinada pela jornalista Lydia Medeiros, que o Amazonas está isolado na guerra fiscal e que perde o apoio, inclusive ,de vizinhos, como o estado do Pará.
A comentarista econômica do grupo Globo, Míriam Leitão, também destilou suas críticas ao modelo zona franca do Norte. Com o título “As renúncias”, ela aborda como alto o volume de renúncia fiscal na ZFM, mas omitiu o percentual que isso representa no bolo nacional.
Em outro trecho do artigo em seu blog, Míriam se contradiz na crítica à ZFM ao afirmar que o subsídio fiscal deve ser dado, “mas tem que ter objetivos e critérios […] e cujo desenvolvimento represente um ganho social”. E é assim mesmo que acontece no polo industrial de Manaus.

No Estadão, reação da bancada parlamentar é lobby

No domingo que passou, a manchete do jornal O Estado de S. Paulo tratou da guerra fiscal dos estados para tentar evitar os efeitos causados pelas medidas tomadas por Temer para manter acordo com os caminhoneiros que pararam o país no mês de maio.
O Estadão abordou o assunto criticando o que chamou de lobby, dando como exemplo a reação do Amazonas contra o decreto que atingiu o polo de concentrados da ZFM.

Folha, inimiga histórica da ZFM

Hoje, terça-feira, dia 19, o ataque veio da Folha de S. Paulo, que historicamente sempre mirou contra o modelo de desenvolvimento da região Norte do país.
O jornal escolheu seu espaço mais nobre para fazer a investida: o editorial.
O texto apela para que o governo federal faça a revisão de sua política fiscal de incentivos e diz que a Zona Franca de Manaus é o exemplo mais grave daquilo que chama de “Despesa invisível”, que é o título do editorial.
Não é novidade esse tipo de ofensiva contra o polo industrial da ZFM, e mais estranho é que ela sempre aparece quando a guerra fiscal se assanha.
 
Fonte:bncamazonas
 
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