Mantida a prisão de homem que derrubou relógio de Dom João VI durante invasão ao Palácio do Planalto

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes manteve a prisão preventiva do homem que derrubou um relógio do século XVII  trazido ao Brasil por Dom João VI, durante a invasão ao Palácio do Planalto, em 8 de janeiro. O ato foi gravado por câmeras de segurança.

Conforme a decisão, tomada nesta semana, não houve mudança que justificasse a revogação da prisão de Antonio Claudio Alves Ferreira. Moraes disse ser “patente a necessidade de garantia da ordem pública, evidenciada pelo somatório das penas decorrentes das imputações formuladas em desfavor do réu que, se aplicadas em grau máximo, podem totalizar 30 anos de reclusão”.

Segundo Moraes, a restrição da liberdade do acusado é “medida imprescindível também para a identificação das demais pessoas que participaram dos atos criminosos ocorridos na Esplanada dos Ministérios em 8/1/2023, de eventuais grupos e/ou redes sociais nas quais houve convocação, disseminação e fomento a tais práticas e, principalmente, dos financiadores da participação do denunciado e demais acusados nos atos terroristas, considerando que ainda há diligências investigativas em curso”.

Preso em Uberlândia (MG) no final de janeiro, Ferreira se tornou réu no STF pela participação nos ataques que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Ele foi investigado no inquérito que apura os suspeitos de execução dos ataques de 8 de janeiro.

O STF aceitou, no final de junho, a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República). O órgão disse, na acusação, que o homem foi responsável por “danificar um relógio histórico, trazido ao Brasil por D. João VI em 1808”.

Em depoimento à Polícia Federa após ser preso, Ferreira ficou em silêncio. Ele residia em Catalão, No interior de Goiás, antes de cometer o crime no Palácio do Planalto.

Por Redação

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