Lula e presidente dos Estados Unidos devem se reunir para debater o clima no planeta

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta sexta-feira (28) que o chefe de Estado brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer se encontrar com ele em breve para discussões sobre o clima.

“Lula do Brasil quer se reunir comigo em breve porque vocês sabem que há mais carbono absorvido do ar na Amazônia do que todo o carbono admitido nos Estados Unidos anualmente”, disse Biden em um evento de campanha.

Biden não disse quando ou onde será o encontro com Lula. Em junho, o petista divulgou um plano para cumprir a promessa de eliminar o desmatamento ilegal na Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, até 2030.

Os dois presidentes estarão em Nova York para a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, e devem discursar no mesmo dia.

Amazônia

A Amazônia Legal é uma área que engloba nove Estados do Brasil pertencentes à bacia Amazônica, instituído pelo governo federal via lei 1.806/1953, reunindo regiões de idênticas características, com o intuito de melhor planejar o desenvolvimento socioeconômico da região amazônica.

A atual área de abrangência da Amazônia Legal corresponde à totalidade dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão, perfazendo uma superfície de aproximadamente 5.217.423 quilômetros quadrados correspondente a cerca de 61% do território brasileiro. Sua população, entretanto, corresponde a 12,32% do total de habitantes do Brasil.

Além de conter 20% do bioma cerrado, a região abriga todo o bioma Amazônia, o mais extenso dos biomas brasileiros, que corresponde a um terço das florestas tropicais úmidas do planeta, detém a mais elevada biodiversidade, o maior banco genético e um quinto da disponibilidade mundial de água potável.

Nos nove Estados da Amazônia Legal, residem 55,9% da população indígena brasileira, ou seja, cerca de 250 mil pessoas, segundo o Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena em abril de 2005 da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).

Calor extremo

O calor em julho já foi tão extremo que é “praticamente certo” que este mês baterá recordes “por uma margem significativa”, disseram o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da UE (União Europeia) e a OMM (Organização Meteorológica Mundial) em um relatório publicado na última quinta-feira (27).

Acabamos de passar pelo período de três semanas mais quente já registrado – e quase certamente em mais de cem mil anos. Normalmente, esses recordes, que rastreiam a temperatura média do ar em todo o mundo, são quebrados por centésimos de grau. Mas a temperatura média nos primeiros 23 dias de julho foi de 16,95 °C, bem acima do recorde anterior de 16,63 °C estabelecido em julho de 2019, segundo o relatório.

Os dados usados ​​para rastrear esses registros remontam a 1940, mas muitos cientistas – incluindo os da Copernicus – dizem que é quase certo que essas temperaturas são as mais quentes que o planeta já viu em 120.000 anos, dado o que sabemos de milênios de dados climáticos extraídos de anéis de árvores, recifes de coral e núcleos de sedimentos do fundo do mar.

“Estas são as temperaturas mais altas da história da humanidade”, disse Samantha Burgess, vice-diretora da Copernicus.

Tudo isso resulta em um verão intenso no Hemisfério Norte – potencialmente sem precedentes. “As probabilidades estão certamente a favor de um verão recorde”, disse Carlo Buontempo, diretor da Copernicus, embora tenha alertado que é muito cedo para afirmar isso com confiança.

O custo humano do calor é gritante. Como as temperaturas subiram acima de 50 °C em partes dos EUA, as mortes relacionadas ao calor aumentaram e as pessoas estão sofrendo queimaduras com risco de vida por cair em solo escaldante.

No Mediterrâneo, mais de 40 pessoas morreram devido aos incêndios florestais que se espalham pela região, alimentados por altas temperaturas. Na Ásia, ondas de calor intensas e prolongadas estão ceifando vidas e ameaçando a segurança alimentar.

Por Redação

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