Japão, Coreia do Sul e China enfrentam onda de frio histórica

O nordeste da Ásia está passando por uma onda de frio incomum, com a temperatura atingindo os níveis mais baixos em cerca de uma década nas duas Coreias, no Japão e na China.

A Administração Meteorológica da Coreia do Sul emitiu um alerta especial de onda de frio na manhã desta terça-feira. As temperaturas chegaram a 16°C negativos em Seul e 25°C negativos no condado de Cheorwon, perto da fronteira com a Coreia do Norte.

A ilha de Jeju, popular local de férias, foi atingida por fortes ventos e uma nevasca. Os voos foram cancelados, fazendo com que cerca de 30 mil pessoas perdessem os voos até o local durante o feriado do Ano Novo Lunar.

Na Coreia do Norte, as temperaturas nas regiões do interior do norte devem cair para cerca de 30°C negativos. As previsões descrevem o clima como o “frio mais severo desde 2001”, e a TV estatal pede desde sábado que as pessoas tomem precauções.

Os céus em Pequim estavam limpos na manhã de terça-feira, mas as temperaturas caíram abaixo de -10°C e devem permanecer baixas nesta semana. A mídia local alertou sobre a onda de frio, mas as áreas centrais estavam lotadas de pessoas aproveitando o fim da política de “covid zero” durante o feriado de Ano Novo.

A emissora estatal CCTV registrou imagens de uma bicicleta e um prédio envoltos em gelo na cidade de Xunke, no nordeste do país, que recentemente atingiu a temperatura mais baixa da história, menos 49 graus Celsius.

Em Mohe, a cidade mais ao norte da China, a temperatura caiu para 53 graus negativos no domingo, a temperatura mais baixa já registrada no país, segundo a mídia estatal, citando a agência meteorológica do país. As temperaturas ficaram abaixo de 50 graus negativos por três dias consecutivos.

Japão

No Japão, as temperaturas devem cair para o nível mais baixo em uma década em todo o país, de terça a quinta-feira. Outras partes do país serão mais atingidas. É esperado que o acúmulo de neve atinja 90 cm na região norte de Hokuriku, 70 cm na região Kanto-Koshin a noroeste de Tóquio e nas regiões Kinki e Chugoku no centro do Japão e 60 cm na região nordeste de Tohoku.

Embora alguns especialistas tenham relacionado o clima extremo à mudança climática, as autoridades japonesas são cautelosas ao explicar o evento.

“É difícil vincular um evento climático de alguns dias às mudanças climáticas, que ocorrem ao longo de décadas”, disse um funcionário da divisão de previsão climática da JMA.

Alguns estudos mostram que o derretimento do gelo no Polo Norte está causando invernos mais frios na Ásia e na Eurásia, mas isso ainda está “na fase de pesquisa” e não pode ser usado como base para previsões do tempo, disse o funcionário.

Por Redação

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