Israel afirma que soldados atiraram contra suspeitos que “representavam uma ameaça” durante entrega de ajuda humanitária

O Exército de Israel afirmou nesta sexta-feira (8) que a sua análise do que aconteceu em 29 de fevereiro na Faixa de Gaza – quando, segundo o Hamas, 115 palestinos morreram durante uma distribuição de ajuda humanitária – aponta que os soldados israelenses “atiraram com precisão contra vários suspeitos”.

“A análise realizada pelo comando revelou que as tropas não atiraram contra o comboio humanitário, e sim que atiraram contra vários suspeitos que se aproximaram dos soldados e representavam uma ameaça”, afirmou o Exército em um comunicado.

O Hamas acusou soldados israelenses que intermediavam a distribuição da ajuda humanitária de abrir fogo contra os palestinos. Em um primeiro momento, as Forças Armadas de Israel disseram apenas que houve “empurrões e correria”, com mortos e feridos.

Além dos mortos, mas de 700 pessoas ficaram feridas, de acordo com o governo de Gaza, controlado pelo Hamas. Algumas vítimas foram atropeladas.

Na semana passada, uma autoridade do governo de Israel disse, sob condição de anonimato, que as tropas israelenses dispararam diversas vezes porque os soldados teriam se sentido ameaçados.

“Fomos buscar comida e eles começaram a atirar”, disse um palestino que estava no local. “Fomos surpreendidos por tanques israelenses que abriram fogo”, afirmou outro.

A ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou que o caso precisa ter uma investigação independente. O episódio foi duramente criticado pela comunidade internacional.

Por Redação

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