Inundações repentinas deixam mais de 300 mortos no Afeganistão
Pelo menos 311 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas após inundações súbitas atingirem o norte do Afeganistão, anunciaram autoridades locais neste sábado. Dezenas de pessoas estão desaparecidas depois de fortes chuvas atingirem distritos na província de Baghlan, e há avisos de que o número de vítimas ainda pode aumentar. O país tem sido atingido por chuvas excepcionalmente fortes nas últimas semanas, e enchentes já mataram centenas de pessoas desde abril.
Chuvas intensas afetaram vilarejos e terras agrícolas em várias províncias da região. Apenas em Baghlani Jadid, pelo menos 1,5 mil casas foram danificadas ou destruídas, e “mais de 100 pessoas morreram”. Porta-voz do governo, Zabihullah Majahid publicou no X (antigo Twitter) que “centenas de nossos cidadãos sucumbiram a essas calamitosas inundações”. Ele não especificou quantos haviam sido mortos ou feridos, mas confirmou à AFP que houve o registro de “dezenas” de óbitos.
“Além das vítimas humanas, essas inundações também causaram enormes perdas financeiras para as pessoas”, disse Ahmad Seyar Sajid, chefe do departamento de gestão de desastres naturais na província de Takhar, onde ele estima que 20 pessoas morreram nas inundações.
As chuvas também causaram danos graves nas províncias de Badakhshan, Ghor e Herat, disseram autoridades. Equipes de emergência ainda atuam neste sábado para resgatar pessoas feridas e presas, de acordo com o Ministério da Defesa. O órgão ordenou que diversas equipes sejam mobilizadas para “fornecer qualquer tipo de assistência às vítimas deste incidente com todos os recursos disponíveis”.
Desde meados de abril, inundações súbitas e outras enchentes deixaram cerca de 100 mortos em 10 das províncias do Afeganistão, sem que nenhuma região fosse poupada, segundo autoridades. Terras agrícolas foram inundadas em um país onde 80% dos mais de 40 milhões de habitantes dependem da agricultura para sobreviver.
A região, que teve um inverno relativamente seco, tornando mais difícil para o solo absorver a chuva, é altamente vulnerável às mudanças climáticas.
Por Redação