Internações por infarto aumentaram 158% no Brasil desde 2008

Entre 2008 e 2022, o número de internações por infarto cresceu 158,31% no Brasil segundo o levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia. A prevalência da doença é maior em homens, segmento no qual a média mensal de internações passou de 5.282, em 2008, para 13.645 em 2022, o que representa um aumento de 158%. Entre as mulheres, também foi verificado aumento de 157% nas internações, com salto na média mensal de 1.930 para 4.973 no mesmo período. No Estado de São Paulo, unidade da federação com a maior população, o aumento foi de 130,55% das internações. Em entrevista à Jovem Pan News, o cardiologista do Hospital Sírio Libanês, Dr. João Vicente da Silveira, citou como prováveis causas da elevação o envelhecimento da população e o aumento da obesidade causada por sedentarismo e alimentação inadequada: “Cresceu a prevalência de pessoas com pressão alta, diabetes, colesterol elevado e triglicérides elevado”.

“Hoje, essa facilidade de ficar no sofá, ou na cama, ou na mesa, as pessoas não fazem atividade física e ficam com o celular digitando e até se divertindo. Mas essas pessoas sedentárias têm hábitos não saudáveis, ingerem alimentos gordurosos e frituras. Esses alimentos saborosos e gostosos acabam sendo muito calóricos. Ainda por cima, tomam refrigerante, algumas pessoas também fumam”, afirmou Silveira. O estudo levou em consideração os dados do sistema de internação hospitalar do DataSUS do Ministério da Saúde, por isso o levantamento cobre todos os pacientes brasileiros que usam os serviços do SUS, seja na rede pública ou na rede privada, por meio de convênios. O volume representa cerca de 70% a 75% de todos os pacientes do país.

Fonte: Jovem Pan News

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