Guerra na Ucrânia: Rússia testa míssil intercontinental “avançado” capaz de carregar várias ogivas nucleares

A Rússia anunciou que havia testado “com sucesso” um míssil balístico intercontinental “avançado” (ICBM), semanas depois de suspender sua participação em um tratado de controle de armas nucleares com os Estados Unidos. O Ministério da Defesa russo disse, em um comunicado na terça-feira (11), que “uma equipe de combate lançou com sucesso um míssil balístico intercontinental (ICBM) de um sistema de mísseis móveis terrestres”, no Cosmódromo Kapustin Yar.

“A ogiva do míssil de teste atingiu com precisão um alvo simulado no campo de treinamento Sary-Shagan (na República do Cazaquistão)”, acrescentou.

Ameaças

Desde o início da ofensiva na Ucrânia, no ano passado, o presidente Vladimir Putin fez ameaças de que poderia usar armas nucleares se a Rússia se sentisse em perigo.

No fim de fevereiro, o líder do Kremlin anunciou a suspensão de sua participação no novo tratado de desarmamento nuclear Start, assinado com os Estados Unidos.

E menos de três semanas atrás, Putin disse que iria implantar armas nucleares táticas em seu aliado e vizinho Bielorússia, levando essas armas para as portas da Ucrânia e da União Europeia. Ambas as decisões foram condenadas pela Otan.

Testar material

Embora o ministério russo não tenha especificado que tipo de míssil foi usado no teste de terça-feira, informou que o objetivo do exercício “era testar material avançado de combate de mísseis balísticos intercontinentais”.

“O lançamento permitiu confirmar a precisão do desenho do circuito e das soluções técnicas usadas no desenvolvimento de novos sistemas de mísseis estratégicos”, acrescentou.

Putin havia dito, em fevereiro, que implantaria um novo tipo de ICBM este ano, depois que surgiram relatos nos Estados Unidos de um teste fracassado dessa arma.

Apelidados de “Satan 2” por analistas ocidentais, esses novos projéteis Sarmat podem carregar várias ogivas nucleares e fazem parte da nova geração de mísseis russos que Putin descreveu como “invencíveis”.

Crimes de guerra

A ONU afirmou estar “profundamente preocupada” com o que descreveu como execuções sumárias de prisioneiros de guerra, supostamente realizadas por forças ucranianas e russas no conflito entre os dois países. A diretora da Missão de Monitoramento de Direitos Humanos na Ucrânia, Matilda Bogner, ressaltou que a organização documentou assassinatos de ambos os lados: 25 por forças ucranianas e 15 por soldados ou paramilitares russos.

“Estamos profundamente preocupados com a execução sumária de até 25 prisioneiros de guerra russos e pessoas fora do combate por parte das Forças Armadas ucranianas”, disse Bogner

Por Redação

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