Guerra na Ucrânia: número de soldados mortos e feridos é de 500 mil, estimam os Estados Unidos

O total de soldados ucranianos e russos mortos ou feridos desde o início da guerra na Ucrânia, há 18 meses, deve estar perto de 500 mil, disseram autoridades dos EUA, uma estimativa impressionante dos resultados da invasão russa em 22 de fevereiro de 2022.

Apesar de fazerem a ressalva de que os dados sobre as baixas no conflito são difíceis de obter por se acreditar que Moscou rotineiramente subestime seus mortos e feridos, e porque Kiev não revela seus números oficiais, as autoridades disseram que a matança intensificou neste ano no Leste da Ucrânia e continuou crescendo de forma estável enquanto se arrasta a contraofensiva ucraniana de quase três meses.

As baixas militares russas, disseram, aproximam-se de 300 mil. Os números incluem 120 mil mortes e 180 mil feridos. Do lado ucraniano, a estimativa aponta 70 mil mortos e entre 100 mil e 120 mil feridos. Mas os russos superam os ucranianos em presença no campo de batalha com uma diferença de quase três para um. Além disso, a Rússia tem uma população maior para reabastecer seus contingentes.

A Ucrânia tem cerca de 500 mil soldados, incluindo em serviço ativo, reserva e paramilitares, de acordo com analistas. Em contraste, a Rússia tem quase o triplo: 1,3 milhão de tropas em seviço ativo, reserva e paramilitares — sendo a maioria deste último do Grupo Wagner.

Morte de civis

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (Acnur) informou que quase 10 mil civis perderam suas vidas desde o início da invasão russa do território ucraniano.

Um novo relatório da entidade contabilizou 9.444 mortos e 16.940 feridos entre a população civil ucraniana. Entre as crianças, o número de vítimas fatais seria de 500.

O Acnur, no entanto, reconhece que os números verdadeiros devem ser bem maiores, uma vez que ainda faltam dados de diversas regiões ucranianas. Isso se aplica a cidades como Mariupol, Lysychansk ou Sievierodonetsk, que estão sob ocupação russa após longos períodos de intensos bombardeios e violentos combates.

Especula-se que o número de mortos em Kiev seja de dezenas de milhares de pessoas a mais do que se sabe até o momento.

A maior parte das mortes (7.339) ocorreu em regiões bombardeadas pela Rússia e defendidas pelo Exército ucraniano. Nas regiões ocupadas, 2.105 civis morreram.

Segundo o relatório, a maioria dos civis morreu nos primeiros meses do conflito. Em medos de 2023, durante a primavera e o verão do Hemisfério Norte, morreram, em média, entre 170 e 180 civis por mês.

Por Redação

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