Governo firma parceria e Amazonas fará transplantes de rins ainda este ano

O Governo do Amazonas e o Ministério da Saúde assinaram ontem o termo de adesão para implantação do Programa de Transplante de Rim no Estado. Em uma primeira fase, os profissionais serão capacitados para atuarem no serviço que será implantado no Hospital e Pronto-Socorro da Zona Norte (HPS Zona Norte) Delphina Aziz. A previsão de inicio dos transplantes é o segundo semestre deste ano.

A cerimônia de assinatura do termo ocorreu  durante o Simpósio de Implantação do Programa de Transplante Renal no Estado, no auditório do HPS Zona Norte, e contou com a presença de representantes do Ministério da Saúde  e do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), de São Paulo, que ficará responsável pela capacitação dos profissionais locais.
O secretário de Estado de Saúde (Susam), Rodrigo Tobias, afirmou que a assinatura do termo é mais um passo na consolidação do HPS da Zona Norte como referência no Amazonas. “Hoje iniciamos uma primeira etapa da parceria com  Ministério da Saúde e Hospital Albert Einstein, no sentido de qualificar a nossa atenção quaternária em Saúde. Ou seja, não é atenção básica, mas a mais especializada. A intenção é que, com esse sistema, a gente retome, depois de dois anos, os transplantes  e possa reduzir também investimentos em tratamentos fora do domicílio, ofertando um serviço de qualidade para a população do Amazonas”, disse Tobias.
O Amazonas chegou realizar transplantes de rim, no entanto, o serviço foi interrompido em 2017. Até aquele ano, foram realizados 400 transplantes. Hoje é feito apenas o transplante de córnea na rede estadual; os demais tipos são realizados via programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD).
A coordenadora Estadual de Transplantes, Leny Passos, afirmou que a implantação do programa irá reduzir o custo com TFD. Ano passado, foram gastos pelo estado R$ 27,4 milhões com passagem aérea e ajuda de custo com pacientes de TFD. “Nós acompanhamos os custos do tratamento fora de domicílio relacionado aos anos em que não estamos fazendo transplante, que são dois anos. Vimos que esse custo é muito alto, e eu diria até insustentável para o estado, caso ele não tomasse essas medidas”.
Para a coordenadora do sistema nacional de transplantes, Daniela Pontes, a alta demanda do Amazonas e o vazio assistencial do estado nessa área o credenciou para receber o programa.  Atualmente, 1.300 pacientes fazem hemodiálise em unidades da rede estadual e clínicas conveniadas.
Fonte https://www.acritica.com