Fachin manda prender Joesley e Ricardo Saud

Nós não vai ser! disse o Joesley na gravação, mas não esperava que Ricardo Saud, iria mandar junto com as provas da delação a gravação que ele Joesley falava a verdade sobre tudo e sobre todos. Agora Nós vai ser preso…

Ministro Edson Fachin acolheu pedido da PGR e determinou a prisão dos dois executivos da J&F. Segundo a defesa, eles estão em São Paulo e teriam que se deslocar a Brasília para se entregar à PF

O empresário Joesley Batista – um dos donos do grupo J&F – e o diretor de Relações Institucionais do grupo empresarial, Ricardo Saud, decidiram se entregar à Polícia Federal (PF). Os dois delatores da J&F querem se antecipar ao cumprimento do mandado de prisão expedido pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

Um dos responsáveis pela defesa dos executivos da J&F, o advogado Pierpaolo Bottini disse que a decisão de Joesley e Saud de se entregar é “uma possibilidade”, desde que os defensores sejam notificados oficialmente da ordem de prisão. Os dois delatores estão em São Paulo e teriam que se deslocar para Brasília para se entregar à PF.

 Executivos da J&F; decidiram se entregar às autoridades

Fachin autorizou a prisão temporária (de cinco dias) dos dois executivos da J&F, acolhendo um pedido de prisão apresentado, na última sexta (8), pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O chefe do Ministério Público solicitou a prisão de Joesley e Saud após a descoberta do áudio de uma conversa de quatro horas entre os dois delatores da Lava Jato.

A prisão foi autorizada porque os dois executivos da J&F são suspeitos de omitir informações dos investigadores, o que quebra cláusulas do acordo.

 O ex-procurador Marcelo Miller prestou depoimento na última sexta (8), na sede do MPF no Rio de Janeiro, para esclarecer o envolvimento com a J&F (Foto: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo)
O ex-procurador Marcelo Miller prestou depoimento na última sexta (8), na sede do MPF no Rio de Janeiro, para esclarecer o envolvimento com a J&F; (Foto: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Miller se desligou da carreira de procurador somente em abril, mas, na polêmica gravação entre Joesley e Saud aparentemente gravada por descuido, os dois delatores sugerem que o ex-auxiliar de Janot auxiliou os executivos do grupo empresarial a negociarem os termos da delação premiada com a PGR.

Uma semana depois de pedir exoneração do cargo, Miller já atuava em reuniões na PGR como advogado do escritório que negociou o acordo de leniência da J&F, uma espécie de delação premiada das empresas. Fachin, no entanto, não viu motivos para a prisão do ex-procurador da República.

O pedido de prisão de Joesley, Saud e Miller entrou no sistema eletrônico do Supremo com sigilo – não é possível saber o conteúdo, as razões que levaram a Procuradoria a fazê-lo e se há informações novas da investigação nesse pedido.

Fonte: G1 / Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo / José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

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