De olho na eleição, Joe Biden fechará temporariamente fronteira Estados Unidos-México

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um decreto nesta terça-feira (4) para fechar temporariamente a fronteira Estados Unidos-México a solicitantes de asilo. A expectativa é que a medida entre em vigor imediatamente, numa tentativa de diminuir a entrada de migrantes no país em meio ao crescimento de entradas ilegais – uma das principais vulnerabilidades do democrata na disputa por um novo mandato na Casa Branca em novembro.

Esta é a política fronteiriça mais restritiva imposta por Biden, ou por qualquer outro democrata na História moderna, e ecoa o esforço feito em 2018 por seu rival na eleição, o ex-presidente republicano Donald Trump, para interromper a migração – na época, barrado por um tribunal federal.

Estão previstas exceções limitadas, como para menores de idade que cruzam a fronteira sozinhos, vítimas de tráfico humano e aqueles que usam um aplicativo da Alfândega e Proteção de Fronteiras para agendar um horário com um oficial de fronteira para solicitar asilo. Aqueles que não atenderem aos requisitos serão enviados de volta ao México ou ao seu país de origem.

A União Americana das Liberdades Civis afirmou que irá contestar a ação executiva na Justiça: “O governo nos deixou pouca escolha a não ser processar”, disse Lee Gelernt, advogado da A.C.L.U, que liderou o desafio contra muitas das políticas de Trump. “Era ilegal sob Trump e não é menos ilegal agora.”

A decisão de Biden mostra como a política de imigração mudou drasticamente nos Estados Unidos. As pesquisas sugerem que há apoio em ambos os partidos para medidas mais restritivas na fronteira – antes denunciadas pelos democratas e defendidas por Trump – diante do recorde de imigrantes que entram no país visto nos últimos anos. Somente na última semana, a média de travessias diárias chegou a 2,5 mil pessoas.

A fronteira seria reaberta aos solicitantes de asilo somente quando o número de travessias caísse, ficando abaixo de uma média diária de 1,5 mil por sete dias seguidos. Depois disso, a fronteira seria reaberta para os migrantes duas semanas depois.

Por Redação

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