Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprova impeachment de secretário de Biden por crise de imigração; Senado ainda votará
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos votou por uma margem estreita nessa terça-feira (13) pelo impeachment de Alejandro Mayorkas, o secretário de Segurança Interna dos EUA, em uma votação sem precedentes. Os republicanos acusaram Mayorkas de “recusa intencional e sistêmica em cumprir a lei” e de “quebra da confiança pública” em meio a um aumento no número de imigrantes ilegais que atravessaram as fronteiras dos EUA via México nos últimos meses.
O país passa por uma crise na fronteira que deve ser um dos principais temas das eleições marcadas para novembro. Nos EUA, um político sofre um impeachment quando o processo é aprovado pela Câmara dos Deputados, sem a necessidade de uma aprovação do Senado. Mas o político só é destituído de seu cargo após a aprovação dos senadores.
A moção foi aprovada com 214 votos a favor e 213 contra. Mayorkas é o primeiro secretário de gabinete em exercício a sofrer impeachment. A votação ocorreu uma semana depois de a Câmara ter rejeitado um processo de impeachment contra o secretário. Na ocasião, os republicanos não tinham a maioria necessária para aprovar a moção.
Nos EUA, um político sofre um impeachment quando o processo é aprovado pela Câmara dos Deputados, sem a necessidade de uma aprovação do Senado. Mas o político só é destituído de seu cargo após a aprovação dos senadores.
Ao contrário da semana passada, quando a falta de coro fez com que o impeachment de Mayorkas não fosse aprovado, a liderança republicana se certificou de que tinham os votos necessários. O deputado Steve Scalise regressou a Washington depois de se ausentar por conta de um tratamento de câncer para que o Partido Republicano conseguisse os votos necessários.
Para que Mayorkas seja destituído do cargo, o Senado americano deve aprovar o impeachment do secretário com a aprovação de dois terços da casa legislativa, o que é improvável. A Câmara dos Deputados dos EUA é republicana, enquanto o Senado tem maioria democrata e deve rejeitar a moção.
A ação colocou Mayorkas na companhia de ex-presidentes e funcionários do governo que sofreram impeachment por acusações de corrupção pessoal e outras irregularidades. Mas as acusações contra ele romperam com a história ao não identificarem qualquer crime desse tipo, declarando, na prática, as escolhas políticas que Mayorkas cometeu como um crime constitucional.
“Depois de uma declaração de guerra, o impeachment é possivelmente o ato mais sério conferido à Câmara e tratamos este assunto adequadamente”, disse o presidente da instituição, o republicano Mike Johnson, muito próximo do ex-presidente Donald Trump. “Dado que este secretário se recusa a fazer o trabalho, a Câmara deve agir”, acrescentou.
Por Redação