O bilionário de 95 anos diz que tem “uma
dívida a pagar“.
Em 1938, os quakers e os Irmãos de Plymouth, cristãos, organizaram a transferência segura de judeus de Viena para a Inglaterra através do “
Kindertransport”, ajudando-os a escapar dos nazistas. Os judeus receberam comida, roupas, hospedagem e transporte. Weidenfeld estava entre eles.
“Eu tenho uma dívida a pagar”, disse
lord Weidenfeld em entrevista ao
Times. “Ela vale para os muitos jovens que estavam nos ‘Kinderstransport’. Foi uma
operação muito nobre, e
nós, judeus, devemos ser gratos e fazer algo pelos cristãos que estão em perigo“.
A primeira fase do esforço de resgate organizado pela Weidenfeld Safe Havens Fund conseguiu levar 150 pessoas da Síria para a Polônia neste último 10 de julho, com a permissão do governo polonês e do regime de Assad na Síria.
O jornal
Express, do Reino Unido, informa que o fundo de Weidenfeld pretende dar suporte econômico de 12 a 18 meses para os refugiados. Alguns países, como os Estados Unidos, se recusaram a participar do projeto porque ele não inclui os muçulmanos, também eles alvo do Estado Islâmico.
Os cristãos, os yazidis, os drusos e os muçulmanos xiitas são
perseguidos pelo grupo terrorista na Síria e no Iraque. Lord Weidenfeld, no entanto, defendeu o objetivo específico do seu projeto:
“Eu não posso salvar o mundo todo, mas tenho uma possibilidade muito específica no caso dos cristãos.
Outros podem fazer o que eles querem que seja feito pelos muçulmanos”.
Nascido na Áustria em 1919, Weidenfeld recebeu o título de “lord” em 1976. Chegado à Grã-Bretanha sem um tostão, ele fez fortuna criando a editora Weidenfeld & Nicholson.