Balneário descumpre decreto e expõe banhistas ao coronavírus em Manaus
“Na contramão do que é permitido diante do decreto de reabertura das atividades econômicas descritas pelo Governo do AM, dezenas de pessoas aproveitaram o domingo em um balneário localizado na estrada do Ipiranga, bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus”
Na contramão do que é permitido diante do decreto de reabertura das atividades econômicas descritas pelo Governo do Amazonas, dezenas de pessoas aproveitaram o domingo em um balneário localizado na estrada do Ipiranga, bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.
Em imagens flagradas pela equipe de reportagem, que adentrou o local após denúncia, é possível notar vários banhistas sem o uso de qualquer tipo de medida ou item de segurança em saúde. No meio de aglomerações, sem distanciamento social ou o uso de máscaras, luvas ou álcool em gel é que famílias eram expostas ao vírus que continua circulando pela cidade.
A lotação e a quantidade de pessoas, no local, chamou a atenção da reportagem. “As pessoas devem esta com saudade do lazer, da diversão em família, mas ver que ninguém se importa com um vírus mortal, é pedi para se contaminar”, comentou a autônoma Paola Silva, 26 anos, que é contra a abertura de espaços de lazer como balneários.
“É muito arriscado, afinal a situação dessas pessoas não são uma das melhores, falta de dinheiro e falta de conhecimento pode ser o motivo de um novo pico de Covid-19. Eu acredito que a contaminação vai acontecer em breve, mas me mantenho otimista que não será impactante como antes”, destaca ainda. Outra pessoa que não concorda com a reabertura desse tipo de estabelecimento é a designer de produto Emilly Lima, 26.
“O vírus se propaga pelo ar, pelas gotículas de saliva, pelo suor. Então, balneário é um grande centro de contaminação a meu ver. A pessoa tomar banho em uma piscina que outras pessoas usam, não adianta nada depois usar máscara e álcool em gel”, apontou ela.
Diante da situação, um funcionário do balneário afirmou a reportagem que o local abriu para aniversário e que por descuido, outras famílias acabaram entrando no ambiente. “Nós não abrimos para o público em geral. Hoje, houve um descuido e nem sei como faço para tirar tanta gente”, disse. “Eu não sabia que havia tantas pessoas, só alugamos o espaço para famílias de 20 a 30 pessoas”, comentou ainda.
Como denunciar?
Em nota, a Prefeitura de Manaus informou que os balneários particulares são licenciados pelo órgão ambiental estadual mas estão passíveis de fiscalização por parte do município em caso de denúncia. Assim como os flutuantes, igualmente licenciados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), mas passíveis de autuação por poluição sonora e ausência de licença para uso de som, por exemplo.
De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), não há registros recentes de denúncia deste tipo de atividade, até porque em função da pandemia de Covid-19 o funcionamento desses estabelecimentos foi suspenso. A multa pode chegar a 251 Unidades Fiscais do Município (UFMs), o equivalente a aproximadamente R$ 26,1 mil. Denúncias podem ser feitas para o e-mail semmas.denuncias@pmm.am.gov.br.
Por Karol Rocha
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