Aumento na premiação deve fazer Copa Sul-Americana ser mais valorizada pelos times brasileiros

Mais valorizada pelos clubes brasileiros, a Copa Sul-Americana começa nesta terça-feira (5) com aumento na premiação e consolidação do novo formato de disputa. No fim do ano passado, a Conmebol acrescentou um milhão de dólares no prêmio do campeão para esta temporada, que vai receber até US$ 6,8 milhões (cerca de R$ 36 milhões). Além disso, esta será a segunda edição com a mudança na fórmula da competição, que passou a ser dividida em três fases: preliminar, fase de grupos e mata-mata.

O advogado Eduardo Calezzo, especialista em direito desportivo, explica os motivos da valorização do torneio. “A Conmebol conseguiu melhorar bastante a remuneração dos clubes que disputam a competição, porém, a realidade é que os valores eram muito baixos até poucos anos atrás. Há uma expectativa de que com a venda dos direitos de TV da competição, que está em curso neste momento, possa haver uma melhoria substancial nos valores pagos às equipes”, afirma.

Neste ano, sete brasileiros estarão na disputa pelo título que garante vaga direta à Libertadores: Atlético-GO, Ceará, Cuiabá, Fluminense, Internacional, São Paulo e Santos. Longe de ser tratado como um torneio secundário por essas equipes, a tendência é que a “Sula” seja ainda mais equilibrada e disputada em 2022.

O executivo Júnior Chávare, que teve passagem pelo Bahia em 2021, relembra as dificuldades de disputar esta competição, sobretudo depois da mudança no formato, em que apenas uma equipe da fase de grupos garante vaga na próxima fase.

“Toda competição internacional tem sua relevância, principalmente para os clubes que não costumam disputar a Libertadores com frequência. Sem dúvida, a primeira fase, na qual você consegue fazer no mínimo seis jogos, ficou bem mais interessante. Seria ainda melhor se tivessem duas datas a mais, classificando pelo menos dois times, ao invés de apenas o campeão de cada chave. Isso daria um grau de competitividade maior e a possibilidade de um calendário mais longo para os times na Sul-Americana”, acrescenta Chávare.

Nesta temporada, uma das novidades é o Cuiabá, que disputará a Sul-Americana apenas pela segunda vez. Em 2021, além de permanecer na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, a equipe do Dourado também conquistou uma vaga na competição internacional.

Cristiano Dresch, vice-presidente do clube, valoriza o feito da equipe. “Será uma das competições mais importantes da história do Cuiabá. Já disputamos em outra oportunidade, mas agora estamos na elite do futebol brasileiro, e teremos, no mínimo, seis partidas com transmissão internacional. Fora dos gramados, o campeonato também chama a atenção dos patrocinadores, valorizando a exposição das marcas no uniforme do time”, declara o dirigente.

Entre os brasileiros que disputam a competição este ano, Internacional e São Paulo são os únicos que já levantaram o troféu. O Colorado foi o primeiro brasileiro campeão da Sul-Americana, ao bater o Estudiantes, da Argentina, na final de 2008. Alessandro Barcellos, presidente do Inter, admite que a Sula será uma das prioridades do clube em 2022.

“Temos consciência de que será uma competição muito equilibrada, mas iremos em busca dessa conquista e será junto com o Campeonato Brasileiro uma das grandes prioridades nesta temporada. Além do torneio ser um caminho mais rápido para conseguir uma vaga na próxima Copa Libertadores da América, é uma possibilidade de título”, destaca o mandatário do Internacional.

Fonte: Cultura Reprodução/Instagram CONMEBOL Sudamericana

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