Amazonas registra caso suspeito de varíola dos macacos (monkeypox)
O primeiro caso suspeito de varíola dos macacos no Amazonas, foi divulgado nesta sexta-feira (01), e acende um alerta para a necessidade da população conhecer quais os sintomas e como prevenir a doença.
Também chamada de “monkeypox”, a doença é causada por um vírus, que pode ser transmitido a seres humanos por meio do contato com animal, pessoa ou material corporal infectado. Apesar do nome, o surto não tem relação com macacos, alerta o Ministério da Saúde (MS).
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) informa que, nesta sexta-feira (1º/07), a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) atendeu um paciente com diagnóstico clínico compatível com a doença Monkeypox. Material biológico do paciente foi coletado para a realização de mais exames, não havendo ainda resultado conclusivo e estando o caso em investigação.
O paciente jovem, sem comorbidades, foi atendido e notificado junto ao sistema de vigilância epidemiológica e ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e segue em acompanhamento clínico e de vigilância epidemiológica, em isolamento domiciliar, já com retorno programado para atendimento e novos exames. Pessoas que tiveram contatos com o paciente também estão sendo investigadas.
SINTOMAS DA VARÍOLA DOS MACACOS
Os sinais e sintomas da monkeypox duram de 2 a 4 semanas, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), e desaparecem por conta própria, sem tratamento.
Os principais sintomas da varíola dos macacos são:
Lesões na pele (erupções cutâneas);
Febre de início súbito;
Inchaço dos gânglios, popularmente chamado de “ínguas”;
Dor de cabeça;
Dores musculares e nas costas;
Calafrios;
Exaustão.
O período de incubação do vírus monkeypox é “tipicamente de 6 a 16 dias”, mas pode chegar a 21 dias, como explica o Ministério da Saúde. Ou seja, esse é o período que o paciente pode manter sem sintomas após ter contraído o vírus.
As lesões na pele, principal característica da doença, tendem a se concentrar no rosto, palmas das mãos e solas dos pés. Podem também ser encontradas na boca, genitais e olhos, segundo a OMS.
TRANSMISSÃO DA VARÍOLA DOS MACACOS
Entre humanos, o vírus é transmitido por contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de infectados, fluidos corporais ou objetos recentemente contaminados.
De acordo com o Ministério da Saúde, a monkeypox “é uma doença que exige contato muito próximo e prolongado para transmissão de pessoa a pessoa, não sendo característica a rápida disseminação”. Apesar disso, o vírus tem potencial epidêmico.
Nesse momento, é muito importante fortalecer o sistema de vigilância epidemiológica, pra identificação de novos casos e implementação das medidas de isolamento e contenção, assim como o monitoramento de contactantes de casos confirmados.
COMO PREVENIR?
Evitar contato com pacientes suspeitos ou infectados;
Higienizar as mãos com frequência, com água e sabão ou álcool;
Usar máscaras de proteção.
As medidas também valem para roupas, roupas de cama, talheres, objetos e superfícies utilizadas por pessoas com suspeita ou confirmação da doença. Esses itens devem ser limpos da forma adequada.
O QUE FAZER SE TIVER SINTOMAS DA MONKEYPOX?
As autoridades de saúde recomendam que o paciente que apresentar sintomas da varíola dos macacos procure uma unidade de saúde, para atendimento médico. E não entre em contato com outras pessoas.
Fica o desafio pra ciência de ampliar o acesso ao diagnóstico mais facilitado, mais rápido; o desenvolvimento de medicamentos eficazes e acessíveis; e também a necessidade futura de vacinação contra essa doença.
QUAL É O TRATAMENTO DA VARÍOLA DOS MACACOS?
O tratamento da virose é baseado no alívio dos sintomas, segundo o Ministério da Saúde. Também é necessário realizar o isolamento imediato do indivíduo, o rastreamento de contatos e a vigilância deles.
Fonte: Amazonas Notícias/Diário do Nordeste