Absurdos do Brasil: Arquiteta condenada a 67 anos de cadeia por matar seus pais, sai livre leve e solta

Embora tenha sido condenada a 67 anos de prisão, em regime fechado, conforme sentença proferida nesta quarta-feira (04/09), pelo tribunal do júri da justiça do DF, a arquiteta Adriana Villela vai continuar com a vida tranquila como se nada tivesse acontecido. Já os três homens pobretões contrato por ela, para matar a facadas o pai, a mãe e a empregada dentro do apartamento da 113 Sul de Brasília, já pagam suas penas trancafiados na Papuda desde 2013.
Depois de 10 anos do triplo homicídio que chocou a sociedade brasiliense, o crime da 113 Sul, como ficou conhecido os assassinatos do ex-ministro do Tribunal de Justiça Eleitoral; da mulher dele a advogada Maria Villela e da empregada doméstica Francisca Nascimento Silva, a mandante do crime vai continuar livre, leve e solta. Pode até viajar para o exterior se quiser.
A arquiteta Adriana Villela, após ter ouvido a sentença proferida pelo juiz Paulo Rogério Santos Giordano, que a condenou a 67 anos de prisão em regime fechado, retocou a maquiagem, recebeu os cumprimentos dos amigos e deixou o tribunal pelas portas da frente, ao lado do seu advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, “Kakay”, um dos mais caros do país.
A grande plateia que acompanhou um dos mais longos julgamentos da história do Tribunal do Júri do DF não teve o gostinho de ver a acusada sendo algemada e colocada no rabo do camburão com destino ao Presídio Feminino da Papuda, onde fica a Colmeia que abriga mulheres negras e pobres, algumas delas condenadas por ter roubado comida em supermercado.
De acordo com advogados consultados pelo Radar-DF, a arquiteta Adriana Villela apesar de sentenciada com 67 anos de cadeia, o artigo 594 do Código de Processo Penal permite que réus primários condenados em primeira instância fiquem em liberdade até se esgotarem todas as possibilidades de recursos.
Apesar da regra, tem quem afirme que nem sempre o Código de Processo Penal Brasileiro é aplicado igualmente para todos. A depender da cor e da condição social dos implicados, apenados como Adriana Villela seguem a vida como se nada tivesse acontecido.

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