A polêmica decisão de Nova York de usar Guarda Nacional para combater crimes no metrô
A decisão da governadora do Estado de Nova York, Kathy Hochul, de enviar tropas da Guarda Nacional para proteger o metrô da cidade de Nova York, provocou diferentes reações entre os usuários do transporte.
Enquanto alguns disseram que foi uma boa ideia, outros expressaram preocupação de que a medida leve à discrimimação racial.
As tropas começaram a trabalhar nas maiores estações na quarta-feira (6).
Na quarta-feira, a governadora lembrou uma série de agressões violentas que viraram manchete. Três homicídios ocorreram desde janeiro. “Esses ataques descarados e hediondos no nosso sistema de metrô não serão tolerados”, disse ela.
O quadro geral de crimes no sistema de trânsito de Nova York é complexo.
No ano passado, crimes em geral caíram cerca de 3% em relação a 2022, segundo o New York Times. Mas este ano, aumentou em 13%, até agora, a ocorrência de crimes maiores.
A Guarda Nacional já patrulha os principais terminais de transporte, como o da Autoridade Portuária e a Grand Central Station, sob um programa lançado após os ataques de 11 de setembro de 2001.
Agora, o plano lançado pela governadora Kathy dá a 750 guardas a missão de monitorar os principais pontos de entrada do metrô.
Outros 250 funcionários, incluindo policiais estaduais e policiais de trânsito, fazem parte do reforço na segurança. A governadora não disse por quanto tempo as medidas permanecerão em vigor.
Mas há céticos – inclusive entre os usuários do sistema de transporte.
Especialistas em justiça criminal disseram que o plano da governadora Kathy provavelmente não abordaria as principais causas dos problemas do metrô e poderia levantar questões constitucionais.
“Uma crise de saúde mental e uma crise de falta de moradia estão sendo tratadas como se fossem uma crise criminal”, disse Jeffrey Fagan, especialista em crime, policiamento e segurança pública da Universidade de Columbia.
Por Redação