A corrida pelo Ouro foi o maior sucesso esportivo dos Alunos-atletas de Humaitá no JEA’S 2019

O Portal Barrancas, acompanhou os alunos-atletas de Humaitá no JEA’S 2019, hoje relata um pouco o como viu essa grande aventura dos nossos gladiadores modernos. 
Partimos segunda feira 15 de julho perto das 7.00 horas da noite da Rodoviária de Humaitá com despedida multitudinária da família, prefeito, amigos, enamoradas e tudo mais.
No Comando de Marcelo Marialva Secretario de Esportes, Aluízio Azevedo (Secretaria de Esportes) e professores de Escolas estaduais estado, municipais e particular 3 ônibus com 118 participantes nos encaminhamos pela BR 319 em péssimas condições,  mas com desejo de vencer os desafios que todo esportista leva no peito.
No final dessa matéria você pode ver as transmissões ao vivo realizadas pelo TV Barrancas
Pits stop na Realidade de 15 minutos e a corrida do trio Transcoop (Empresa de transporte) um comboio nos acompanhando durante toda a noite cruzando alguns trechos de lama, nada demais, vimos a noite passar.
Durante o dia 16 terça-feira o deus dos Incas, o sol nos abraçou e a poeira vinha de promoção com paradas para o café em Rio Novo e almoço em Careiro Castanho, cruzamos uma balsa pequena e a mais grande chegando a Capital do Estado de Amazonas, Manaus pelas 5 horas e a nosso destino final Hotel Plaza na rua Getulio Vargas. Centro, quase 7 horas da noite, 22 horas depois da partida.
Neste hotel com mas de 40 anos de historia assentado no Centro histórico de Manaus com 8 andares, trato acolhedor com tom familiar, compartilhamos os quartos com delegações de outras cidades do interior como Manacapuru, Careiro Castanho, Rio Preto da Erva e Maués. Ocupamos 7 andares quatro em cada quarto, dormimos de cansaço e a quarta feira visitamos a Vila Olímpica, lugar de nossas refeições  e a quarta feira 17, pela tarde, participamos da abertura dos Jogos Escolares do Amazonas com autoridades estaduais, desfile das delegações e plateia cheia de atletas de todas as modalidades.
A professora Raimunda Darque Secretaria de Educação de Humaitá, esteve presente no palco das autoridades com nosso secretario de esportes Marcelo Marialva.
Quinta feira 18,  correria das delegações não tinha sossego, elevador tenso sem trégua, ônibus de transporte levando e trazendo atletas, alguns perdendo chave do quarto, esquecendo identidade, comendo as carreiras, mas quem nunca parou de trabalhar,  foi o melhor amigo do homem, o celular, dedos incansáveis em cada canto todo mundo de olho na tela.
Cada dia em diferentes horários e sedes esportivas, treinadores se movimentavam com seus times para o duelo esportivo,  alguns voltavam felizes pelo triunfo outros tristes pela derrota, não obstante o espírito de corpo se mantinha vivo e com animo de olho na suma de pontos e possibilidades de medalhas.
Os que podiam aproveitavam os serviços paralelos oferecidos pela Sejel com passeios turísticos a Ponta Negra, visita ao Teatro Amazonas, outros saíam pelo Shopping para alguma comprinha.
O serviço de alimentação do JEA’S que em anos anteriores esteve descentralizado, esta vez foi  concentrado na Vila Olímpica e desde a saída dos hotéis,  até o retorno tinham uma media de 2 horas por refeição,  deixando cansaço acumulado em cada atleta que se sentiram nos dias finais.
Professores de Humaitá que acompanharam as delegações foram de muitas escolas Márcia Sá do Gm3, Maricelma Costa do Oswald Cruz, Nubia Parente do Cete, Aluízio Azevedo da Escola José Cesário, João Paulo dos Santos Dom Bosco, Giselly Barroso do Alvaro Maia, Raimundo Antonio. Luiz Clebson de Oliveira, Antonio Chávez da Escola Betel, Augusta Marques, Ronildo Gomes, Renata, JL Malta, Wanderly Lopes e outros.
A primeira medalha de ouro para Humaitá obtida por Vinicius da Escola Irmã Carmen na prova de 75 metros atletismo nos deixou animados, Isabelle do Tênis de mesa obteve Bronze, Betel ficou no quarto lugar no basquete; então o grupo concentrou suas energias no resultado em cada jogo que vinham alcançando as juvenis do futsal feminino da Colégio GM3.

Depois de classificarmos para final com placar de 3 a 0 fiquei apavorado pelas lesões no joelho de uma de nossas atletas e o cansaço extremo em todos os participantes por estar tantos dias num hotel, esperando transporte para Vila Olímpica, formando longas filas para obter o almoço e jantar, longe das famílias, estava cobrando o preço na pressão dos dirigentes e nos atletas.
Vários anos atrás na luta contra Manaus e outros Municípios dos interiores, Humaitá obteve medalhas, mas nunca num esporte coletivo, o espírito positivo dos professores,  era um som compassivo para os perdedores perante a frase “ganhamos experiência, para próxima será melhor”.
O dia da final sábado (27/7), cedo fomos para acompanhar na Arena Teixeira a final e luta pelo ouro juvenil feminino contra a Escola Recanto das Crianças de Manaus.
A torcida humaitaense tinha presença massiva no lugar e aos gritos de ânimo,  dava sensação de estar em casa, o nosso time corria atrás do sonho, sem descanso.
Observando a todos como em câmera lenta consegui olhar a cara de angustia e ansiedade de torcedores, a treinadora professora Adriana conhecida como Drika com a calma e sobriedade que caracterizou ela em cada jogo fazia as mudanças na quadra; detrás das traves Aluízio professor coordenador da delegação, soltando gritos de desespero e  a angústia para defesa, para a goleira que na retaguarda se debatiam para impedir que os oponentes surpreendessem e acabessem com nosso sonho. Tiveram oportunidades durante o jogo,  mas a nossa goleira esteve no melhor dos momentos da vida dela, acertando todas e fechando as portas do gol. Quando Humaitá fez o único gol do jogo os gritos da torcida, a comemoração, fotos e aplausos gritos de Giselle professora mais animada do grupo, esperando o tempo correr todos naquela tensa calma.
Quando se ouviu o apito final do juiz do jogo foi como o som mais doce que canto de passarinho. Em carreiras para o centro da quadra toda a delegação pulando em gritos em uma alegria extrema, pude ver um momento miraculoso, como cachorros e gatos em um só saco, flamenguistas e vascaínos pulavam de mãos dadas gritando ao mesmo tempo Humaitá!, Humaitá!. Foi o melhor momento da viagem, o estresse, o cansaço ficaram como mera lembrança perante o pranto de alegria e entrega das medalhas e a copa para as vencedoras que deixaram sua sangue como guerreiras em uma arena de gladiadores.
Aluízio Azevedo, velho chefe de delegações anteriores soltou gritos e prantos que tinha guardado por vários anos na garganta da frustração, “ao fim conseguimos o ouro num esporte coletivo” falou. Obrigado Deus.
O domingo 28/7 tomamos o retorno a nosso paraíso Humaitá as 10.30 horas o trio de ônibus da Transcoop fazendo 22 horas de viagem pela BR 319 chegando a nosso destino as 8.00 horas da segunda-feira 29 de julho.
No portal da cidade os bombeiros acomodaram as heroínas do futsal, Ana Beatris, Camila, Cleiciane, Débora Aguiar, Débora Carvalho, Edilana, Joice, Naiara, Thaynara e Vinicius o velocista e seus treinadores com Marcelo Marialva Secretário de Esportes para fazer um ingresso barulhento e merecido pelas ruas de Humaitá, como faziam no passado grandes generais vencedores e suas marchas triunfais ingressando pelo arco do triunfo para receber as palmas merecidas da população.
Para fechar com chave de ouro uma merecida passeata sobre carro de bombeiros com sirene barulhenta junto as atletas que escreveram seus nomes na historia esportiva escolar de Humaitá e que será contada por muitas gerações que irão seguir as pegadas deixadas por estas guerreiras na historia estadual.
Fica no ambiente a sensação de responsabilidade de cada professor promotor de esportes em suas escolas para o planejamento antecipado para o JEA’S 2020 na suas modalidades e especialidade.
Humaitá pode fazer bonito, acreditamos no trabalho de vocês, líderes de Educação Física !