Planeta Terra atingirá 8 bilhões de habitantes no dia 15 de novembro
O próximo dia 15 de novembro não é apenas mais um feriado no calendário brasileiro. A data está prevista para ser o dia em que o planeta Terra vai atingir a impressionante marca de oito bilhões de habitantes.
A projeção foi feita pela ONU (Organização das Nações Unidas), e a expansão populacional deve continuar: em 2030, a ONU projeta que sejamos 8,5 bilhões. Em 2050, 9,7 bilhões. E em 2100, 10,4 bilhões.
O Brasil, que atualmente é o sétimo país mais populoso do mundo, com 215 milhões de habitantes, em 2050 deverá ter 231 milhões.
Os dados fazem parte do relatório Perspectivas da População Mundial 2022, realizado pela ONU.
Segundo as Nações Unidas, o rápido crescimento populacional será um dos desafios para o desenvolvimento sustentável das sociedades — sobretudo para o setor de educação e em países mais pobres. O crescimento mais acelerado da população acontecerá nos 46 países menos desenvolvidos do mundo. Segundo a ONU, muitos desses países são também os mais vulneráveis ao aquecimento global.
Natalidade
Outro dado que chama a atenção é que a Índia deve tomar da China o título de país mais populoso do mundo já em 2023. Atualmente, ambos possuem por volta de 1,4 bilhão de habitantes, com uma “pequena” vantagem da China em alguns milhões de habitantes.
Mais da metade do aumento populacional global projetado para 2050 estará concentrado em oito países: Egito, Etiópia, Índia, Filipinas, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo e Tanzânia.
Apesar dessas projeções, o crescimento populacional não é tão rápido quanto costumava ser: estima-se que a taxa de crescimento atual seja a mais baixa desde a década de 1950.
Atualmente, dois terços da população mundial vivem em um país ou área onde a fecundidade é inferior a 2,1 nascimentos por mulher, um nível aproximado para manter o nível populacional em locais com baixa mortalidade.
População idosa
A proporção da população mundial com 65 anos ou mais deverá aumentar de 10% em 2022 para 16% em 2050. Até lá, espera-se que o número de pessoas com mais de 65 anos no mundo mais que duplique o número de crianças menores de 5 anos, e até igualará a população de crianças menores de 12 anos.
“Os países com populações envelhecidas devem tomar medidas para alinhar os programas públicos com o número crescente de idosos, incluindo o estabelecimento de sistemas universais de saúde e cuidados de longo prazo, e melhorar a sustentabilidade dos sistemas de seguridade social e pensões”, diz o estudo.
A expectativa de vida ao nascer atingiu 72,8 anos em 2019, uma melhoria de quase 9 anos desde 1990. Prevê-se que futuras reduções na mortalidade se traduzam em uma longevidade média global de cerca de 77,2 anos em 2050. No entanto, há grandes desigualdades entre países e regiões do mundo: em 2021, a expectativa de vida dos países menos desenvolvidos era sete anos menor que a média mundial.
América Latina
A população da América Latina e do Caribe, que quadruplicou entre 1950 e 2022, deve atingir o pico de 752 milhões em 2056 e diminuir para 646 milhões em 2100.
A expectativa de vida é de 72,2 anos, com uma vantagem feminina de 7 anos (75,8) em relação aos homens (68,8). O impacto da pandemia fez com que a expectativa de vida ao nascer caísse três anos entre 2019 e 2021. Espera-se que em 2050 atinja 80,6 anos, sendo 78,1 anos para homens e 83,1 para mulheres.
Por Redação